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Nuno Melo acusa António Costa de enganar o Presidente da República

O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo acusou o secretário-geral do PS, António Costa, de ter enganado o Presidente da República, Cavaco Silva, quando lhe garantiu ter uma solução de governo estável e duradoura e apresentou apenas "três manigâncias".

Sara Matos/Negócios
12 de Novembro de 2015 às 20:41
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"Não quero sequer acreditar que nós vivemos num país onde se pode enganar um Chefe de Estado impunemente. Não quero acreditar. Mas a verdade é que há semanas, à saída de uma reunião com o senhor Presidente da República, o doutor António Costa reclamava ser primeiro-ministro porque, garantia, tinha uma solução estável e duradoura e não valia a pena estar a nomear o doutor Pedro Passos Coelho primeiro-ministro porque estaria basicamente a cometer uma perda de tempo", afirmou Nuno Melo.

 

O 'vice' centrista e eurodeputado defendeu que António Costa mostra um "egoísmo supremo" que "não tem perdão", numa intervenção antes do líder do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no encerramento das chamadas jornadas "Portugal, caminhos de futuro", que juntou mais de 70 dirigentes do CDS e do PSD em sessões nos 18 distritos de Portugal continental.

 

"Ficámos a saber há dias que não havia acordo nenhum e que em vez de um acordo só se conseguiu uma manigância, ou melhor três, que de comum não tem nada a não ser uma coisa: aversão à direita que por acaso ganhou as eleições", disse Nuno Melo.

 

O dirigente do CDS-PP apontou que, mesmo com essas posições políticas comuns, os partidos de esquerda apresentaram três moções de rejeição diferentes: "Nem nesse denominador comum que é a rejeição da coligação de direita que venceu, foram capazes de concordar num texto".

 

"Em relação à dita posição política comum, enfim, são três. São três, notem bem, não são apenas três textos, são três textos trabalhados em segredo, assinados numa esquina de uma mesa, com uma foto de quinta categoria a registar o momento e porque nem sequer tiveram a solenidade de chamar a imprensa e perante o país", disse, considerando que "só por anedota" se pode considerar aqueles acordos "uma solução estável e duradoura".

 

Para Nuno Melo,  "só interessa chegar lá, o que para quem quer servir o país é manifestamente pouco". "Destruir quatro anos de superação de dificuldades apenas porque alguém na sua escala equivocada de prioridades coloca a sobrevivência política à frente de tudo manifesta um egoísmo supremo e não tem perdão", afirmou.

 

"Não sei se António Costa chegará a primeiro-ministro depois de derrotado, mas se chegar, uma coisa não tenho dúvidas, ganhará na ganancia, o que perderá no respeito do país", declarou Nuno Melo.

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