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Obama prevê levantamento do embargo a Cuba na próxima legislatura

O Presidente dos EUA disse à CNN que há um sentimento no Congresso favorável ao levantamento do embargo, mas que o tema “não é ainda crítico”, pelo que a tarefa deve recair sobre o seu sucessor.

Obama e Castro retomam relações diplomáticas: Barack Obama e Raúl Castro puseram fim a meio século de relação cortadas e enorme tensão entre um país gigante e uma pequena ilha. O restabelecimento das relações diplomáticas parece ser só um primeiro passo de um processo de grande transformação de Cuba.
15 de Março de 2016 às 10:05
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A dias da histórica visita a Cuba, Barack Obama falou à CNN sobre as relações entre os EUA e o país liderado por Raul Castro. Questionado sobre o embargo de décadas ao país, Obama disse que o próximo passo de relevo na reposição das relações bilaterais com Cuba caberá ao seu sucessor.

"A minha perspectiva é que na próxima administração, seja o presidente democrata ou republicano, o embargo seja levantado", disse, citado pela Reuters

As eleições presidenciais norte-americanas acontecem a 8 de Novembro e Obama abandona o cargo em Janeiro. Os candidatos que lideram a corrida pela nomeação nas primárias são a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, seguido de Ted Cruz. Os nomeados de cada partido vão depois disputar o lugar de Obama na Casa Branca.

Barack Obama visita Havana nos dias 21 e 22 de Março, sendo a primeira vez em 88 anos que um chefe de estado norte-americano visita aquele país, cujas relações estavam cortadas há mais de 50 anos.

A deslocação acontece na sequência da restauração das relações diplomáticas entre os dois países em 2015.

Também na entrevista à CNN, o presidente norte-americano garantiu que o presidente cubano Raul Castro estará presente na reunião marcada com dissidentes, escreve a Bloomberg.

 

Obama defendeu que a visita a Cuba este mês é uma forma de os EUA exercerem uma maior influência no país a nível económico e político, adiantando que a sua administração não está a oferecer concessões ao regime de Castro.

"Quantos mais negócios norte-americanos lá existirem, quantas mais pessoas viajarem para lá, mais os cubanos-americanos poderão interagir com familiares - que em alguns casos não vêem há décadas -, e maior a probabilidade de vermos as mudanças que todos ansiamos", acrescentou.

Obama, escreve a Bloomberg, comparou as relações com Cuba com as que são desenvolvidas com países como os quais existem diferenças de fundo, como a China, o Vietname e a Rússia. Este acredita que o trabalho em curso vai ter um impacto positivo nas relações entre os EUA e a América Latina.

O presidente norte-americano elogiou ainda o presidente da Argentina Mauricio Macri - eleito em Novembro do ano passado - pelo seu compromisso pela "abertura, transparência, competitividade e progresso" e mostrou-se preocupado com a economia venezuelana.

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