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João Galamba diz que o PSD "está a confundir o PS com o Governo"

Os socialistas reagiram esta manhã às 29 perguntas enviadas pelo PSD sobre o cenário macroeconómico. João Galamba sublinhou que o PS vai responder a todas as questões e está disponível para enviar o documento para o Conselho de Finanças Públicas.

João Galamba. Pasta provável: Sem sector atribuído
Vítor Mota/Correio da Manhã
28 de Abril de 2015 às 12:23
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O PS vai responder a todas as questões colocadas pelo PSD esta segunda-feira a propósito do cenário macroeconómico elaborado por um grupo de 12 sábios. A garantia foi dada esta manhã por João Galamba, secretário nacional dos socialistas, em resposta ao desafio lançado pelo vice-presidente do PSD, Marco António Costa. O PS está ainda disponível para apresentar o documento ao Conselho de Finanças Públicas (CFP), mas sustenta que tanto o CFP como a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) são órgãos que não têm como atribuição avaliar propostas partidárias.

 

"O PS não deixará nenhuma dúvida nem nenhuma pergunta por responder", assegurou João Galamba, apesar de não se comprometer com um prazo. Para o dirigente, as perguntas dos social-democratas são a "demonstração de que este documento está a cumprir os seus propósitos" e a "suscitar amplo debate na sociedade". "O que esta proposta de Marco António Costa mostra é que para o PSD o PS já é Governo e este documento já é o Orçamento do Estado", ironizou.

 

Galamba deixou ainda críticas ao desafio lançado pelo PSD. "A sugestão de submeter o documento à Unidade Técnica de Apoio Orçamental e ao Conselho de Finanças Públicas tem um problema, que é a lei: não sei se o senhor vice-presidente do PSD conhece a lei que rege a UTAO e o CFP, mas tratam-se de órgãos de Estado que não têm por objectivo avaliar propostas partidárias", assinalou.

 

Ainda assim, "o PS está disponível para discutir este documento com o CFP", embora sem submeter o documento a uma aprovação ou avaliação. "Estamos dispostos a apresentar o nosso cenário, as nossas propostas ao CFP ", apesar de não estar "na lei qualquer tipo de avaliação ou parecer a documentos que não são do Governo".

 

Galamba deixou ainda um desafio à maioria. Numa altura em que apenas se conhece o Programa de Estabilidade, da autoria do Governo, "esperamos que a maioria submeta um documento semelhante ao do PS". E sobre o documento que já foi submetido a Bruxelas, "existem muitas dúvidas", e Galamba lembrou que "deputados do PS enviaram perguntas" ao Governo sobre o documento. "Temos dúvidas quanto aos números, temos dúvidas quanto aos cálculos", especialmente quanto à conclusão de que é necessário cortar 600 milhões nas pensões.

 

As perguntas foram enviadas na passada quinta-feira, no final do debate parlamentar sobre o Programa de Estabilidade.

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