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Já há cinco nomes para a administração Trump. São todos homens. E brancos

Dos cinco nomes já confirmados para a futura administração Trump não abunda a diversidade. O Presidente eleito vai falar este sábado com Mitt Romney, que deverá ser convidado para secretário de Estado.

Reuters
18 de Novembro de 2016 às 18:23
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Foram anunciados mais três nomes da futura administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. E, sem grandes surpresas, são homens, brancos e conservadores.

 

Segundo já confirmou esta sexta-feira, 18 de Novembro, a equipa de transição de Trump, o magnata do imobiliário escolheu o senador Jeff Sessions para Procurador-geral (equivalente a ministro da Justiça), o congressista Mike Pompeo para director da CIA e ainda o general Mike Flynn para conselheiro para a Segurança Nacional. Os três já terão aceitado os convites endereçados pelo futuro presidente.

 

Num comunicado entretanto divulgado e citado pela agência Reuters, Donald Trump referiu-se a Sessions como alguém com uma "mente jurídica brilhante" que é "imensamente admirado pelos académicos de direito". Disse estar satisfeito por ter Flynn ao seu lado para o ajudar a "derrotar o radical terrorismo islâmico" e classificou Pompeo como "um brilhante e implacável líder".

 

A escolha destas três personalidades para a sua administração não surge como qualquer tipo de surpresa, até porque ao longo da última semana qualquer um dos três já vinha sendo dado como potencial membro da equipa de Trump. Flynn e Sessions destacaram-se entre os mais fervorosos apoiantes de Trump.

 

Sessions, que chegou a ser também apontado para secretário da Defesa, pertence à ala conservadora do Partido Republicano e é conhecido por defender políticas mais duras em matéria de imigração. No entanto o nome de Sessions terá ainda de ser aprovado pelo Senado. A equipa de transição mostra-se "confiante" de que isso irá acontecer. 

 

Já Mike Flynn, que foi também director da CIA chegou a ser ponderado, segundo avançou na semana passada o jornal online Politico, para Secretário da Defesa, conta com cerca de 30 anos de experiência militar, disse sentir-se "extremamente honrado em aceitar a posição de conselheiro para a Segurança Nacional e servir tanto o país como o futuro presidente da nação".

 

Por fim Mike Pompeo está no Congresso (câmara dos Deputados) desde 2010 e pertence ao movimento ultraconservador Tea Party. É membro do Comité de Inteligência do Congresso e é considerado um dos republicanos mais próximos do futuro vice-presidente, Mike Pence, e durante as primárias republicanas apoiou a candidatura do senador Marco Rubio.

 

Sobe para cinco o número de nomes já conhecidos da administração Trump. No início desta semana já tinham sido anunciados os nomes de Reince Priebus, presidente do Comité Nacional Republicano, como chefe de gabinete Trump e o de Steve Bannon, o ultra-radical e nacionalista que foi até Agosto último do CEO do site de propaganda da extrema-direita Breitbart, e que assumirá as funções de estratega chefe e consultor sénior.

Para já confirma-se a expectativa de que a equipa de Trump seja quase totalmente formada por homens, brancos e muito conservadores. O Politico escreve mesmo que os cinco têm em comum o facto de serem "republicanos do 'establishment'", o que não deixa de ser paradoxal tendo em conta que Trump fez uma campanha contra o sistema e os poderes estabelecidos em Washington.

 

Trump deve convidar Mitt Romney para a sua equipa

 

Os elementos da equipa designada por Trump para coordenar a transição entre a administração Obama e a futura equipa do polémico multimilionário confirmaram ainda à imprensa norte-americana que este sábado vão continuar as conversações para a constituição da próxima administração.

 

Entre as pessoas com quem Trump irá conversar este sábado está Mitt Romney, o candidato republicano que em 2012 perdeu a corrida presidencial para Barack Obama. Romney é apontado como forte possibilidade para o cargo de secretário de Estado.

 

Entretanto, esta sexta-feira Trump conversou ao telefone com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, tendo os dois acordado sobre a "importância" da Aliança Atlântica.

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