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Mitt Romney pode ser o secretário de Estado de Trump

A NBC avança que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está a ponderar nomear Mitt Romney, candidato republicano às eleições presidenciais em 2012, para o cargo de secretário de Estado.

Reuters
17 de Novembro de 2016 às 22:59
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Donald Trump planeia reunir-se com Mitt Romney no próximo domingo, 20 de Novembro, podendo sair do encontro a decisão de que o seu crítico [chamou-o, entre outras coisas, de "desonesto"] será o novo secretário de Estado, avança a NBC News, citando fontes ligadas ao processo de transição de Trump para a Casa Branca.

Com efeito, sublinha a Bloomberg, este encontro é um sinal de que ambos poderão estar a tentar corrigir os diferendos que os separam dentro do partido republicano.

 

Trump e Romney começaram a "alinhavar", ainda na semana passada, um encontro entre os dois, refere a Bloomberg. Isto quando o ex-governador do Estado de Massachusetts telefonou ao magnata do imobiliário para lhe dar os parabéns por ter vencido as eleições presidenciais, segundo fontes que preferiram manter-se no anonimato.

 

O presidente eleito tem estado a reunir-se com uma série de republicanos, líderes de empresas e outras personalidades, na Trump Tower em Nova Iorque, enquanto se prepara para escolher o seu "staff" e os rostos da sua Administração para quando tomar posse em Janeiro de 2017, sendo que alguns são candidatos a posições no Executivo e outros a cargos de conselheiros, recorda a Bloomberg.

 

Na passada quarta-feira, Jeff Sessions, senador pelo Estado do Alabama, reuniu-se com Trump e a imprensa avança que se trata de um potencial candidato a secretário da Defesa ou a Procurador-Geral.

Romney e Trump deverão falar sobre a governação do presidente eleito e também sobre um potencial cargo do ex-governador de Massachusetts na nova Administração, disse à CNN um responsável republicano, acrescentando que Romney já tinha comentado com amigos que gostaria de voltar a ter uma função governamental e que um dos cargos que lhe interessaria seria o de secretário de Estado.

 

Na primeira fase da campanha para as presidenciais deste ano, Romney esteve entre os ferozes opositores de Trump no seio do partido republicano. Após o magnata do imobiliário ter sido escolhido como o candidato pelos republicanos, Romney reagiu dizendo que a sua eleição teria um efeito de reforço sobre o racismo, fanatismo e misoginia, "coisas que são extraordinariamente perigosas para o coração e o carácter da América".

Trump também já teve palavras menos simpáticas para Romney, nomeadamente quando este perdeu as eleições de 2012 para Barack Obama – que conseguia assim o seu segundo mandato consecutivo –, chamando-o de frouxo e dizendo que a sua campanha tinha sido "uma das piores campanhas presidenciais da história". Agora, na reunião que se avizinha, irão deixar as diferenças para trás?

Uma dessas diferenças reside na posição que têm perante a Rússia, salienta a CNN. Romney, na sua campanha às presidenciais de 2012, considerou a Rússia uma ameaça existencial para os Estados Unidos, ao passo que Trump tem enfatizado a possibilidade de trabalhar estreitamente com o presidente russo Vladimir Putin. 



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