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Mitt Romney pode ser o secretário de Estado de Trump
A NBC avança que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está a ponderar nomear Mitt Romney, candidato republicano às eleições presidenciais em 2012, para o cargo de secretário de Estado.
Donald Trump planeia reunir-se com Mitt Romney no próximo domingo, 20 de Novembro, podendo sair do encontro a decisão de que o seu crítico [chamou-o, entre outras coisas, de "desonesto"] será o novo secretário de Estado, avança a NBC News, citando fontes ligadas ao processo de transição de Trump para a Casa Branca.
Com efeito, sublinha a Bloomberg, este encontro é um sinal de que ambos poderão estar a tentar corrigir os diferendos que os separam dentro do partido republicano.
Trump e Romney começaram a "alinhavar", ainda na semana passada, um encontro entre os dois, refere a Bloomberg. Isto quando o ex-governador do Estado de Massachusetts telefonou ao magnata do imobiliário para lhe dar os parabéns por ter vencido as eleições presidenciais, segundo fontes que preferiram manter-se no anonimato.
O presidente eleito tem estado a reunir-se com uma série de republicanos, líderes de empresas e outras personalidades, na Trump Tower em Nova Iorque, enquanto se prepara para escolher o seu "staff" e os rostos da sua Administração para quando tomar posse em Janeiro de 2017, sendo que alguns são candidatos a posições no Executivo e outros a cargos de conselheiros, recorda a Bloomberg.
Na passada quarta-feira, Jeff Sessions, senador pelo Estado do Alabama, reuniu-se com Trump e a imprensa avança que se trata de um potencial candidato a secretário da Defesa ou a Procurador-Geral.
Romney e Trump deverão falar sobre a governação do presidente eleito e também sobre um potencial cargo do ex-governador de Massachusetts na nova Administração, disse à CNN um responsável republicano, acrescentando que Romney já tinha comentado com amigos que gostaria de voltar a ter uma função governamental e que um dos cargos que lhe interessaria seria o de secretário de Estado.
Na primeira fase da campanha para as presidenciais deste ano, Romney esteve entre os ferozes opositores de Trump no seio do partido republicano. Após o magnata do imobiliário ter sido escolhido como o candidato pelos republicanos, Romney reagiu dizendo que a sua eleição teria um efeito de reforço sobre o racismo, fanatismo e misoginia, "coisas que são extraordinariamente perigosas para o coração e o carácter da América".
Trump também já teve palavras menos simpáticas para Romney, nomeadamente quando este perdeu as eleições de 2012 para Barack Obama – que conseguia assim o seu segundo mandato consecutivo –, chamando-o de frouxo e dizendo que a sua campanha tinha sido "uma das piores campanhas presidenciais da história". Agora, na reunião que se avizinha, irão deixar as diferenças para trás?