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A equipa de Trump: homens, brancos e muito conservadores

Eleito presidente, Trump tem agora de escolher os nomes que vão integrar a sua administração. Há toda uma luta de bastidores a travar antes de as escolhas serem anunciadas mas parece certo que a equipa de Trump será maioritariamente composto por homens brancos muito conservadores.

12 de Novembro de 2016 às 15:00
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Até tomar posse Donald Trump tem pouco mais de dois meses para escolher a equipa que fará alinhar na sua futura administração. Ainda mal o agora presidente eleito tinha sido anunciado como o vencedor das eleições americanas e já a comunicação social estava inundada de supostas escolha.

Entre os eleitos poderão surgir republicanos que tenham apoiado outros candidatos nas primárias do partido, nota o jornal online Politico que, ainda assim, cita uma fonte próxima de Trump que afiança que ficarão de fora aqueles "que pisaram o risco". Mas olhando para os nomes mais proeminentes que vão pingando na imprensa fica claro um padrão: homens, brancos e ideologicamente da ala direita conservadora. E que não tenham pisado o risco.

Além do conservador Mike Pence, que será vice-presidente, Trump deverá apostar nas figuras que mais o apoiaram na corrida à Casa Branca. É o caso de Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara dos Representantes, e de Rudy Giuliani, antigo mayor de Nova Iorque, apontados para os cargos de secretário de Estado e Procurador-geral (equivalente a ministro da Justiça), respectivamente. 

Ambos correspondem ao modelo enunciado. Tal como o senador do Alabama, Jeff Sessions (o primeiro senador a apoiar Trump), e o ex-senador Jim Talent, vistos como possíveis escolhas para secretário da Defesa. Outra hipótese para esta pasta seria o general Mike Flynn, embora o antigo director da CIA precisasse que o Congresso lhe desse autorização especial para ocupar o cargo.

Já para secretário da Segurança Nacional perfila-se o nome do congressista Michael McCaul, apesar de Giuliani também estar a ser ventilado. No discurso de vitória, Trump fez questão de chamar Giuliani ao palco e dirigir-lhe um agradecimento especial. Por isso não espanta que juntamente a Mike Rogers, ex-presidente da Comissão de Serviços Secretos da Câmara, o ex-mayor nova-iorquino seja também apontado para director da CIA. Parece certo é que Giuliani estará no elenco final. No Tesouro, o nome mais forte é o de Steven Mnuchin, co-fundador e director-executivo da Dune Capital Management.

Também para o "staff" de Trump na Casa Branca se mantém o paradigma. Para chefe de gabinete estão em cima de mesa uma vez mais Gingrich e Giuliani e também Chris Christie, governador de Nova Jérsia e actual chefe da equipa de transição de Trump.

Recruta difícil?

A virulenta campanha eleitoral realizada por Donald Trump dividiu, como nunca, um Partido Republicano já parcelado pela preponderância do movimento ultra-conservador Tea Party. E os comentários sexistas e racistas deverão contribuir para encurtar o leque de eventuais escolhas. São expectáveis dificuldades para recrutar junto da ala republicana mais moderada ou ainda nos campos feminino e de independentes. A troca de galhardetes entre Trump e o líder da maioria republicana na câmara baixa, Paul Ryan, é disso exemplo. Não obstante, depois de se ter reunido com Trump na quinta-feira, o "speaker" Ryan já falava em trabalhar com o presidente eleito para "tornar a América grande outra vez". Começou a corrida ao poder.

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