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EUA: E agora, Rubio, Cruz e Sanders?

Depois de Hillary Clinton e Donald Trump saírem vitoriosos nesta Super Terça-feira, aumentando largamente a distância face aos rivais, é tempo da concorrência unir as tropas e reavaliar estratégias. O tempo urge.

O senador republicano Ted Cruz, à esquerda, em diálogo com Donald Trump, à direita, num comício contra o acordo nuclear com o Irão.
Bloomberg
02 de Março de 2016 às 12:45
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A Super Terça-feira confirmou a liderança de Hillary Clinton – pelos democratas – e de Donald Trump – entre os republicanos – na corrida pela nomeação à Casa Branca. Agora, a estratégia do democrata Bernie Sanders passa por gastar de forma cada vez mais direccionada os fundos da campanha. Já do lado republicano, a próxima prova de fogo é na Flórida, tanto para Marco Rubio, como para Ted Cruz.

Bernie Sanders e a sua equipa estiveram reunidos esta terça-feira para decidir como melhor gastar os fundos da campanha, que em Fevereiro arrecadou 42 milhões de dólares. Segundo Ted Divine, consultor de campanha de Sanders, o plano passa por "alocar recursos de forma mais agressiva". "Se sentirmos que o ‘momentum’ de Clinton é ainda substancial, então devemos definir mais objectivamente onde alocar esses recursos", explicou em declarações ao The New York Times.

Em cima da mesa pode estar a possibilidade de apostar em anúncios televisivos no Kansas, no Nebraska, e em Maine, estados que vão a votos este fim-de-semana, e no Ohio, cujas primárias são a 15 de Março, adiantou ao jornal Jeff Weaver, responsável de campanha de Bernie Sanders. A estratégia passa também por alargar a base de apoio entre os democratas negros na zona centro oeste.

"Ainda há muitos delegados para conquistar depois da Super Terça-feira, portanto não há razões para desistir", acrescentou Weaver, em referência aos resultados de ontem à noite, que deixaram Sanders com o equivalente ao apoio de 371 delegados, contra os 1.001 da sua rival, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.

Para Marco Rubio, a prova de fogo será a Flórida, o seu estado, onde pediu esta terça-feira aos apoiantes, em Miami, que "não se deixem levar pela raiva", que "não cedam a vigaristas que querem tirar partido do seu sofrimento", disse, em referência a Donald Trump.

Rubio abriu seis escritórios na Flórida e encaminhou para o estado vários agentes da sua campanha encarregues das primeiras primárias ou 'caucus', escreve o The New York Times, acrescentando que a sua expectativa é de conseguir ainda alguns apoios de peso, como o do ex-candidato republicano às presidências Jeb Bush.

O facto é que a Flórida é um estado de peso para Republicanos e uma derrota não só seria um duro golpe moral para o candidato, como custaria a Rubio 99 delegados, uma vez que prevalece o sistema "winner-take-all", em que o vencedor arrecada todos os delegados do estado.

Para já, o foco de Ted Cruz é no Kansas, no Louisiana e em Maine, que votam este sábado, adianta o jornal, acrescentando, todavia, que o foco está na Flórida, onde é pouco provável que ganhe, mas onde uma eventual derrota de Rubio pode significar o fim da corrida do rival e a confirmação de Cruz como alternativa a Trump.

Já numa outra escala, Hillary Clinton começa a mostrar sinais de acreditar na possibilidade de enfrentar Trump na corrida à Casa Branca. As eleições presidenciais acontecem a 8 de Novembro.

"Obviamente, ele saiu-se muito bem. Ele pode estar no caminho [da nomeação]", disse a candidata esta terça-feira, num café local em Minneapolis, no Minnesota, citada pelo The Washington Post.

"Eu limito-me a reagir contra a intolerância e o 'bullying' sempre que oiço algo. E tenho ouvido muito disso por parte dos candidatos republicanos", acrescentou.

Mais tarde, no discurso de celebração pelos resultados obtidos nesta Super Terça-feira, em Miami, disse, que "as apostas nunca foram tão altas, e a retórica que se ouve do outro lado nunca foi tão baixa", cita a BBC, acrescentando que a candidata parece estar já a ponderar a eventualidade de defrontar Trump nestas presidenciais.

Todavia, se isso vier a acontecer, as sondagens apontam para uma vitória da candidata democrata, que reúne 52% das intenções de voto, contra 44% de Donald Trump num cenários de eleições gerais.

A diferença esbate-se quando se podenda um frente-a-frente entre Clinton (47%) e Rubio (50%) ou entre Clinton (48% e Cruz (49%), mostra a sondagem da CNN publicada esta terça-feira.

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