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Venezuela: PSD saúda Governo mas pede condições para acolher comunidade portuguesa

O líder da bancada parlamentar do PSD considerou hoje que o Governo "andou bem" e tomou uma posição "firme" face à situação na Venezuela, mas apelou para que crie condições para o país poder acolher quem quiser regressar.

Pedro Catarino (CM)
03 de Agosto de 2017 às 16:48
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"É bom que o Governo comece a agilizar procedimentos para acolher todos aqueles luso descendentes, portugueses, que queiram regressar ao nosso país", declarou Hugo Soares, em conferência de imprensa realizada hoje ao início da tarde na sede do partido, em Faro.

Questionado sobre a posição dos outros partidos relativamente às eleições do passado domingo, o social democrata referiu que as posições do PCP e do BE o preocupam "muito mais" quando estes "são uma força de bloqueio à transformação" de Portugal e "às reformas estruturais que o país precisa", considerando que "funcionam como espartilho ao Governo e à governação do PS".

Reiterando as saudações ao executivo pela sua posição política face à situação na Venezuela, Hugo Soares insistiu na necessidade de o Governo manter abertos "todos os canais de comunicação" com a comunidade portuguesa residente naquele país, para que, quem queira, possa regressar.

O líder da bancada parlamentar do PSD defendeu ainda que esta não deve ser uma matéria partidarizada, devendo antes "unir o país" e, questionado sobre se apoiaria a eventual aplicação de sanções à Venezuela, argumentou que não deve ser Portugal "que deve andar à frente" nessa exigência.

"A União Europeia ainda não colocou em cima da mesa essa matéria e eu creio que não vai ser Portugal que deve andar à frente nessa exigência", concluiu.

A União Europeia recusou, na quarta-feira, reconhecer a Assembleia Constituinte eleita no domingo na Venezuela e pediu que a "instalação efectiva" daquele órgão seja suspensa, de acordo com declarações da chefe da diplomacia, Federica Mogherini, em nome dos Estados-membros.

Questionado pelos jornalistas, na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva considerou que a eleição foi "um passo negativo" e frisou que a União Europeia está a preparar uma declaração que, basicamente, refere que os Estados-membros não podem reconhecer a Assembleia Constituinte.

Convocada a 01 de maio pelo Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, a eleição da Assembleia Constituinte decorreu no domingo passado sob uma forte vigilância militar.

Maduro convocou a eleição com o principal objectivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspectos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
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