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Sanções à Venezuela? "O que mais ajuda é superar a crise política", diz MNE

Depois de o presidente do Parlamento Europeu ter pedido à União Europeia que imponha sanções à Venezuela, o Governo português defende que o mais importante é proteger a situação dos portugueses no país.

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Sem recusar explicitamente eventuais sanções à Venezuela, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou esta quarta-feira, 2 de Agosto, que o mais importante é superar a crise política no país, através de um compromisso entre as partes.

De acordo com Augusto Santos Silva, a União Europeia está a preparar uma nova declaração "que basicamente diz que nós não podemos reconhecer a Assembleia Constituinte porque esse é um passo negativo" no regresso à normalidade constitucional, "com pleno respeito" dos poderes eleitos.

Questionado pelos jornalistas sobre porque não assume claramente a oposição a sanções, que foram defendidas esta quarta-feira pelo presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, Santos Silva respondeu que o Governo português "pontua a sua política externa por um enorme sentido de responsabilidade", assumindo posições "nos canais próprios da União Europeia", sem "queimar etapas".

"O que é preciso é que a política externa portuguesa se defina sempre, no caso da Venezuela, em função deste critério essencial: o que ajuda mais a que seja superada a crise política venezuelana, porque só superando a crise política venezuelana é que se supera a crise política e social venezuelana".

Santos Silva afirmou que concorda com a posição da União Europeia que decorre das conclusões do Conselho de Negócios Estrangeiros de 15 de Maio, e das sucessivas declarações que a alta representante da União tem produzido.

Ou seja, que "não há nenhuma solução que não passe por nenhuma solução política, não há nenhuma solução política que não passe por um compromisso entre as partes".

"As partes têm de renunciar a qualquer uso da violência e as partes e em particular o governo venezuelano tem de libertar os opositores políticos que estão presos e não prendê-los, tem de respeitar a liberdade de manifestação e o direito à manifestação pacífica, tem de respeitar os direitos humanos e as partes, tem de se entender sobre o calendário eleitoral". 

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