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Venezuela diz que controlou tentativa de golpe

O regime de Nicolás Maduro diz ter controlado a tentativa de ataque que considera terrorista na Venezuela. Há pelo menos um morto desta acção.

Reuters
Negócios 06 de Agosto de 2017 às 19:00
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As autoridades venezuelas dizem ter reprimido uma rebilião miliar perto da cidade de Valencia, de acordo com relatos das agências e imprensa internacionais. O que aconteceu dias depois de Nicolás Maduro de ter formado a Assembleia Constituinte. De acordo com novas informações, há pelo menos um morto e um ferido com gravidade, em resultado do assalto à 41.ª brigada de blindados do Forte de Paramacay, no centro-norte da Venezuela, segundo fontes militares, citadas pela Lusa.

A confirmação foi dada aos jornalistas pelo comandante-geral do Exército, major-general Jesus Suárez Chourio, no entanto, fontes não oficiais dão conta de que outras duas pessoas terão falecido.

"Um ataque terrorista, paramilitar, mercenário, pago pela direita e os seus colaboradores, pago pelo império norte-americano, estão aí detidos e um deles foi 'dado de baixa' [morreu] e outro ficou gravemente ferido", disse Jesus Suárez Chourio.

Após o ataque, dezenas de pessoas saíram às ruas de La Granja (Valência, nas proximidades da base militar), para apoiar os rebeldes, apesar da presença de oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) que tentaram reprimir os manifestantes com bombas de gás lacrimogéneo e detiveram, pelo menos, dois manifestantes.

Foi o 
vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, que informou estar controlada o que disse ter sido um "ataque terrorista" a uma base militar. A rebilião foi noticiada num vídeo, que mostra um grupo de homens de uniforme militar. Segundo a Reuters, um homem que se identifica como Juan Carlos Caguaripano, ex-capitão da Guarda Nacional, declarava em vídeo: "exigimos a formação imediata de um governo de transição", mas garantiu não se tratar de "um golpe de Estado". "É uma acção cívica e militar para restabelecer a ordem constitucional. Mas mais do que isso, pretende salvar o país da destruição total".




A Reuters noticiou que, durante o assalto ao forte, uma testemunha que estava na zona darebilião ouviu tiros, masCabello garantiu que a situação já estava sobcontrol. E noTwitter garantiu mesmo que alguns "terroristas" foram detidos. 



Foi também nessa rede social que mais tarde informou que estava "totalmente consolidado o controlo do Forte Paramacay".



A Reuters diz não ter conseguido contactar o Ministério da Defesa, mas aliados do Governo de Maduro prontamente atribuíram o ataque à direita que pretende derrotar a revolução bolivariana que se iniciou há 20 anos com Hugo Chavez e que prossegue com Nicolás Maduro.

Entretanto, a Lusa divulgou um comunicado das Forças Armadas da Venezuela (FAV) que reiteraram o seu "apoio incondicional" ao Presidente Nicolás Maduro e à Assembleia Constituinte. "As FAV permanecem incólumes, unidas, aferradas às suas convicções democráticas, com a moral em alto, apoiando de maneira incondicional o cidadão Nicolás Maduro Moros, Presidente da República Bolivariana da Venezuela e nosso comandante chefe" lê-se num comunicado divulgado em Caracas, assinado pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.

No documento, as FAV começam por informar o povo e o mundo de que "se produziu um ataque terrorista de tipo paramilitar contra a 41ª brigada blindada do Exército Bolivariano, situada em Valência, Estado de Carabobo", no centro-norte do país. "A referida acção foi executada por um grupo de criminosos civis portando vestimenta militar e por um primeiro tenente em situação de deserção. Foram repelidos em forma imediata, praticando-se várias detenções, incluindo o referido oficial subalterno", precisa.

Segundo a TSF, o chefe do comando estratégico operacional da Força Armada nacional bolivariana (CEO-FANB), almirante Remigio Ceballos, indicou que dos cerca de 20 homens que tentaram apoderar-se ao início da manhã do Forte Paramacay, estado de Carabobo (centro-norte da Venezuela), sete pessoas foram capturadas e "estão a fornecer informações".

Na sexta-feira, foi criada o novo órgão legislativo, a Assembleia Constituinte, que tem sido vista como um reforçar de poderes de Maduro. 

No sábado, a nova Assembleia demitiu a procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, considerada "traidora". Já foi substituída por Tarek William Saab.

(Notícia actualizada às 19:40 com mais informações, nomeadamente da existência de mortos)

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