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Maduro ordena reforço de segurança após assalto a base militar na Venezuela

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou este domingo os Estados Unidos e a Colômbia de estarem por detrás do ataque à base militar de Paramacay e ordenou que seja reforçada a segurança das instituições das forças armadas.

Reuters
06 de Agosto de 2017 às 23:52
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"Foi um ataque terrorista contra as Forças Armadas, mas não vão ser uns terroristas de Miami [EUA] e da Colômbia que vão parar o ritmo da pátria", disse no programa radiofónico e televisivo "Os Domingos com Maduro", transmitido pelas rádios e televisões estatais.

Nicolás Maduro disse que resultaram dois mortos e um ferido e foram detidas oito pessoas, como resultado da acção dos militares em respostas ao assalto de à base de Paramacay, em Valencia, no centro-norte da Venezuela.

O Presidente Maduro ordenou ainda que seja passada revista a todas as unidades militares do país e pediu pena de prisão máxima para quem participou no ataque.

"Quem tiver armas contra a República, terá uma resposta contundente", advertiu.

Segundo Nicolás Maduro um grupo dos assaltantes conseguiu fugir do lugar e está a ser procurado pelas autoridades e o ataque foi executado em cumplicidade com um ex-tenente que está também a ser procurado.

"Com a informação que tenho a esta hora, posso dizer que lhes pagaram para entrarem nesta aventura", frisou.

No ataque terão participado 20 indivíduos, que surpreenderam os seguranças e foram directamente ao depósito de armamento.

Fontes não oficiais dizem que três militares ficaram feridos durante o ataque e que estão a ser tratados numa clínica em La Viña.

Entretanto, também em Valência, morreu o secretário do partido de esquerda Avançada Progressista, Ramón Rivas, depois de ter sido atingido por um tiro, que, segundo fontes locais, teria sido disparado pelas forças de segurança, contra uma manifestação opositora, na Avenida Bolívar.

Vídeos distribuídos através das redes sociais dão conta de concentrações da população nas proximidades da base militar de Paramacay, de barricadas nas estradas, de ataques com gases lacrimogéneos a edifícios residenciais.

Pelo menos 123 pessoas morreram na Venezuela, nos protestos violentos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, que se intensificaram desde 1 de Abril último.
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