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Maduro pede reunião com Trump

Embora acuse os EUA de sabotarem a economia venezuelana, Nicolas Maduro pediu uma reunião com o presidente norte-americano. “Senhor Donald Trump, aqui tem a minha mão.”

Reuters
Negócios 11 de Agosto de 2017 às 09:36
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O pedido foi feito durante uma intervenção de três horas perante a recém-eleita Assembleia Constituinte. Poucos dias depois de os Estados Unidos terem anunciado sanções a responsáveis do Governo venezuelano, Nicolas Maduro deu instruções ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros para tentar organizar um encontro cara a cara com Donald Trump.

 

"Senhor Donald Trump, aqui tem a minha mão", afirmou Maduro, citado pela Associated Press. O líder venezuelano acrescentou ainda que pretende ter uma relação tão forte com os EUA como com a Rússia. "Se ele [Trump] está tão interessado na Venezuela, aqui estou eu."

 

Os dois líderes estarão em Nova Iorque no próximo mês, para uma reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas.

 

Este pedido chega depois de a Administração Trump ter classificado Maduro como um "ditador" e aprovado sanções contra ele e contra vários responsáveis públicos do regime venezuelano, considerando que a Assembleia Constituinte não tem legitimidade política. As sanções passam pelo congelamento de bens e activos nos EUA e pela proibição de cidadãos americanos de fazerem negócio com estes responsáveis. Caracas é acusada de violar direitos humanos e subverter a democracia do país, há meses envolvido numa espiral de crise económica e política, com a violência nas ruas a escalar.

 

Durante a mesma intervenção, embora tenha dito que acredita na diplomacia, Maduro voltou a classificar os EUA como "imperialistas" e avisou que está preparado para usar armas para se defender de algum ataque americano. "A Venezuela nunca se renderá."

 

O Presidente venezuelano apresentou ontem à Constituinte – um órgão que a União Europeia também não reconhece - a sua proposta constitucional.

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