Opinião
Afinal, ainda há duas formas de se olhar para a Venezuela
Nicolás Maduro está a levar a Venezuela para o caminho da autodestruição e as notícias que chegam deste país e do atropelo das regras democráticas são evidentes. Mas não para todos.
- 3
- ...
Siro Darlan, no jornal brasileiro O Dia, atribui o clima de instabilidade ao facto de a Venezuela estar a ser "vítima da cobiça por suas riquezas naturais pelo capital e por potências, que vêem ameaças ao seu domínio prevalente e excludente".
Francisco J. Gonçalves, no Correio da Manhã expressa uma opinião oposta. "Não basta falar de revolução para que algo de bom aconteça. A chamada Revolução Bolivariana da Venezuela é a prova acabada da burla revolucionária. (...) Uma cleptocracia apoiada por generais 'comprados' pelo tráfico de droga e de armas. Resta um país onde falta de tudo e onde já nem há papel higiénico para limpar tanta porcaria".
O El País, em editorial, aplaude o facto da ONU ter feito finalmente "um relatório contundente no qual emerge o rosto mais sinistro do Governo de Maduro". "Com o controle das forças militares e policiais em suas mãos, e frente a uma sociedade que confirma desmoralizada que seu sacrifício e dedicação em tantas manifestações não serviu para muito, o chavismo poderia prolongar esta agonia à frente de um regime que é cada vez menos democrático. A ONU soube perceber isso, e os chanceleres latino-americanos reunidos ontem [segunda-feira] em Lima também: a comunidade internacional não pode abandonar os venezuelanos".
Mais artigos do Autor
O umbigo do mundo
15.09.2024
A China divide para ganhar
11.09.2024
Colosso com pés de barro
09.09.2024
Turbulência rima com TAP
03.09.2024
A TAP será para sempre
29.08.2024
Três sinais de alerta
27.08.2024