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Venezuela nega que Assembleia Constituinte dificulte regresso à ordem democrática

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela criticou hoje as declarações da representante da União Europeia para a Política Externa sobre a Assembleia Nacional Constituinte e negou que este órgão dificulte o "retorno pacífico à ordem democrática".

Reuters
08 de Agosto de 2017 às 07:24
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A União Europeia "pretende fazer crer que as decisões assumidas pela Assembleia Nacional Constituinte (que teve a primeira sessão no domingo) reduzem as possibilidades do 'regresso pacífico à ordem democrática' no país, quando na realidade é público e notório que o efeito dessas decisões têm sido indiscutivelmente o contrário", refere o Ministério das Relações Exteriores, em comunicado.

Federica Mogherini afirmou que a recente instalação da Assembleia Constituinte impulsionada pelo Governo de Nicolás Maduro e a destituição da Procuradora-Geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, dificulta o "regresso pacífico à ordem democrática".

Para o Ministério das Relações Exteriores venezuelano, as palavras de Mogherini "demonstram uma vez mais a marcada parcialidade" da União Europeia.

A 2 de Agosto, Federica Mogherini, disse que a União Europeia recusa reconhecer a Assembleia Constituinte e pediu a suspensão da "instalação efectiva" daquele órgão.

"A eleição da Assembleia Constituinte agravou de forma duradoura a crise na Venezuela", declarou a Alta Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.

"A União Europeia e os seus Estados-membros não podem, portanto, reconhecer a Assembleia Constituinte devido a preocupações com a sua representatividade e legitimidade efectiva", reforçou a italiana Federica Mogherini.

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela considerou contraditório que a UE fale do "respeito pelas instituições" e ao mesmo tempo omita "a tentativa de assalto ao quartel Paramacay, assim como outros atos violentos" que decorreram domingo no país.

A Venezuela exortou a União Europeia e os seus dirigentes a "informa-se objectivamente sobre a situação" do país.
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