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Trump quer reduzir regulamentação financeira e alerta para "bolha" tecnológica nos EUA

Em entrevista à Reuters, o candidato à nomeação republicana disse que falará com o líder norte-coreano para tentar travar o programa nuclear de Pyongyang e voltou a dar sinais de que substituirá Yellen caso seja eleito Presidente.

Donald Trump: Quer construir um muro ao longo da fronteira com o México e repatriar os refugiados sírios. É candidato à liderança dos EUA e choca o mundo.
18 de Maio de 2016 às 13:00
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O candidato republicano às presidenciais norte-americanas, Donald Trump, quer acabar com boa parte dos mecanismos de regulação financeira implementados nos EUA no pós-grande recessão, ao mesmo tempo que avisa que há uma bolha perigosa nas startups tecnológicas.

Numa entrevista à agência Reuters, difundida esta terça-feira, 17 de Maio, Trump anunciou que dentro de duas semanas apresentará uma estratégia para desmantelar os mecanismos de regulação financeira Dodd-Frank implementados após a crise de 2007/2009 para robustecer o sector financeiro, que considera uma "força negativa".

Mas, ao mesmo tempo, apontou os dedos aos riscos que se formam em Wall Street, sobretudo entre as novas empresas do sector biotecnológico, que considera sobreavaliadas. "São empresas que nunca fizeram qualquer dinheiro, que têm um mau conceito e estão avaliadas em milhares de milhões de dólares", afirmou.

Sobre a presidente da Reserva Federal norte-americana, que já se predispôs a substituir caso chegue à Casa Branca, adopta nesta entrevista uma postura ligeiramente mais moderada.

"Não penso que Janet Yellen esteja a fazer um mau trabalho. Defendo juros baixos a menos que a inflação se torne um problema (…), o que não parece estar para breve", disse, não descartando porém a substituição por uma personalidade da área republicana.

Semelhante suavização de discurso se aplica ao primeiro-ministro britânico. Apesar da fricção com o Governo de Sua Majestade, ao defender que o Reino Unido estaria melhor fora da União Europeia, Trump diz agora acreditar que terá uma "boa relação" com David Cameron na eventualidade de suceder a Obama.

Para um líder que tem cultivado uma postura isolacionista, Trump surpreendeu depois ao dizer-se disponível para falar com Kim Yong Un para tentar travar o programa nuclear norte-coreano.

"Falarei com ele, não terei qualquer problema em fazê-lo". E promete pedir à China que intervenha também, recorrendo ao "tremendo poder económico" que diz que os EUA têm sobre Pequim.

Finalmente, o candidato republicano assume não ser um "grande fã" do Acordo de Paris (compromisso para a redução das emissões de dióxido de carbono contra as alterações climáticas e o aumento da temperatura média do planeta) e pede a renegociação do documento por tratar desfavoravelmente os EUA em relação a países como a China. "No mínimo, vou renegociar esses acordos", garantiu.

Para consumo interno fica o compromisso de manter o actual nível de benefícios na Segurança Social sem reavaliação dos escalões para a sua atribuição, e de não aumentar a idade de reforma.

Trump está isolado na corrida pela nomeação republicana às eleições presidenciais, tendo esta terça-feira fechado a vitória em mais um estado, o do Oregon. As primárias colocam-no agora a menos de 70 delegados dos 1.237 de que precisa para obter formalmente a nomeação na convenção.

Já a pré-candidata democrata Hillary Clinton venceu por pouco ao seu adversário Bernie Sanders no Kentucky, enquanto este bateu a antiga secretária de Estado no Oregon.

Até ao momento, de acordo com a CNN, Hillary Clinton tem 2.289 delegados, dos quais 521 superdelegados. Já Sanders conta 1.522 delegados (41 dos quais superdelegados). É preciso que um deles obtenha 2.383 delegados (faltam menos de 100 a Hillary) para receber a nomeação democrata. 

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