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Hillary leva Porto Rico, Sanders aguenta até à convenção
A candidata está a apenas 28 delegados de conseguir a nomeação no partido democrata, mas o senador usa a ameaça Donald Trump para manter viva a candidatura à presidência dos Estados Unidos.
Hillary Clinton reclamou a vitória nas eleições primárias dos democratas em Porto Rico, realizadas este domingo, 5 de Junho, estando agora a apenas 28 delegados de conseguir a nomeação como candidata do partido à Casa Branca.
Os dois candidatos já estão, porém, de olhos postos nas primárias desta terça-feira, 7 de Junho, na Califórnia e em cinco outros estados norte-americanos. Sendo sobretudo no mais populoso, com mais de 37 milhões de habitantes, que estão concentradas as campanhas da antiga secretária de Estado de Obama e de Bernie Sanders, embora não haja um frente-a-frente televisivo.
Mesmo que Clinton consiga já os delegados suficientes para atingir os 2.383 necessários para assegurar a nomeação, o concorrente da ala esquerda já avisou que quer levar a sua campanha até à convenção nacional dos democratas. Isto porque confia que irá convencer os "super-delegados" – líderes estaduais e funcionários do partido – , que só entregam os seus votos nesta reunião, a retirar o apoio à sua oponente interna.
Um dos principais argumentos que estão a ser usados pela campanha de Sanders é o de que será o melhor colocado para derrotar Donald Trump, que já tem os delegados para garantir a nomeação republicana, recorrendo o senador a sondagens recentes que evidenciaram que conseguirá derrotar o polémico milionário de Nova Iorque por uma margem mais confortável. À CNN, Hillary voltou a apelar à "unificação" do partido para garantir a vitória final em Novembro.
Hillary Clinton: "After Tuesday, I'm going to do everything I can to reach out" https://t.co/7HzwtOAHp7 #CNNSOTU https://t.co/2aHsP3KzaZ
— CNN Politics (@CNNPolitics) June 5, 2016
No entanto, a dois dias de uma nova ronda de eleições primárias do partido na terça-feira, Sanders voltou a lançar duras críticas à concorrente interna, relata o The New York Times. O candidato criticou as doações de "muitos milhões de dólares" feitas por governos estrangeiros à Fundação Clinton, a organização fundada pelo ex-Presidente Bill Clinton, durante os anos em que Hillary liderou a política externa da administração norte-americana.