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Se vencer as eleições, Hillary Clinton vai pôr Bill a tratar da economia

Bill Clinton será incumbido da "revitalização da economia" dos Estados Unidos se a sua mulher e provável candidata democrata às presidenciais norte-americanas vencer as eleições de Novembro.

Reuters
16 de Maio de 2016 às 20:23
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O antigo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, já tem um papel reservado para o caso de a sua mulher, Hillary Clinton, vencer as eleições presidenciais do próximo mês de Novembro: Revitalizar a economia". Foi a própria Hillary Clinton a fazer o anúncio, no passado domingo, durante uma acção de campanha no Kentucky.

 

Se a mais do que provável candidata do Partido Democrata às presidenciais norte-americanas vencer as eleições agendadas para Novembro, então Bill Clinton terá como função apoiar a melhor economia mundial. "Vou encarregar o meu marido de revitalizar a economia", disse Hillary que acrescentou esta sua escolha: "Ele sabe como fazê-lo", explicou.

 

Durante o discurso citado pela Time, Hillary Clinton especificou que a capacidade do seu marido será tanto mais útil em estados como o próprio Kentucky, que foram "esquecidos". Meses antes deste anúncio inesperado, conta a Time, discursava Hillary sobre criação de emprego, também no Kentucky, quando a ex-senadora e antiga primeira-dama notava que o seu marido "tem mais ideia por minuto do que qualquer outra pessoa que eu conheça".

 

No entanto, já esta segunda-feira, 16 de Maio, instada a comentar as suas declarações e questionada sobre a possibilidade de Bill poder fazer parte da sua administração, Hillary Clinton afiançou que "não".

 

Perante as dúvidas instaladas com a declaração ontem feita por Hillary, o porta-voz da sua candidatura, Nick Merrul, citado pela ABC News garantiu que a candidata à Casa Branca ainda não tomou uma decisão sobre o papel de Bill caso ela chegue ao denominado mais importante cargo político mundial. Ainda assim, Nick Merrul lembrou que em diversas ocasiões Hillary Clinton já assumiu que seria "idiota não aproveitar as capacidades" do seu marido.

 

No início deste mês, como recorda a ABC News, Hillary, que também já brincou em público com o facto de Bill poder ser o "First Gentleman), já admitira que, sendo eleita a primeira presidente dos Estados Unidos, pretenderia que o seu marido "abandonasse a reforma" para desempenhar um papel na sua administração.

 

Bill Clinton, que foi presidente dos Estados Unidos entre 1993 e 2001, ficou para a história como um dos presidentes norte-americanos com melhor registo em termos de desempenho económico do país. Além de reduzir um défice orçamental superior a 4,5%, em 1992, para um excedente orçamental de quase 2,5%, em 2000, nenhum outro presidente conseguiu criar tantos empregos (em média/mês) como Bill nos seus dois mandatos presidenciais.


Durante a presidência de Clinton, o produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a um ritmo médio de 3,8%, marca que no período pós-Segunda Guerra foi apenas superada por três outros presidentes: Truman (4,8%), Kennedy (5,2%) e Johnson (5,1%).

 

A frase "é a economia, estúpido", é também de Bill Clinton, e a sua utilização afigurou-se crucial para a vitória do agora ex-presidente nas presidenciais de 1992. Apesar da recessão económica de 1991, o então presidente George Bush surgia como grande favorito à vitória e consequente recondução como inquilino da Casa Branca, beneficiando de factores internacionais como a vitória norte-americana na Guerra do Golfo e a queda do Muro de Berlim. Foi, porém, o enfoque dado por Bill Clinton a questões domésticas centradas na economia que garantiu a sua eleição. "É a economia, estúpido", foi o mote para essa vitória e uma antecâmara para o desempenho económico dos anos seguintes. 

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