Se as eleições fossem hoje, Hillary Clinton e Donald Trump iriam ganhar as eleições primárias pelo partido democrata e republicano, respectivamente, nos Estados de Flórida, Ohio e Pensilvânia. No entanto, se o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, entrasse na equação teria iguais ou melhores hipóteses contra o polémico candidato republicano, conclui uma sondagem da Universidade norte-americana Quinnipiac, Connecticut. O que coloca Hillary sob uma grande pressão e "em grandes problemas", escreve um dos autores da sondagem revelada esta quinta-feira.

Os autores da sondagem optaram por focar-se na Flórida, Ohio e Pensilvânia porque desde 1960 nenhum candidato venceu a corrida presidencial sem ter garantido a vitória em pelo menos dois destes Estados.

Apesar de Hillary Clinton liderar a corrida às eleições primárias nos três Estados norte-americanos em estudo, a antiga secretária de Estado é também a candidata democrata com pior rating de preferência, considerada como não sendo de confiança ou honesta. O mesmo cenário se aplica ao polémico candidato republicano, Donald Trump.

A candidata democrata está a perder vantagem nas eleições primárias e está com menos de metade dos votos nos três Estados, com 45% dos votos na Pensilvânia, 47% em Ohio e 48% na Flórida.

O primeiro debate republicano teve um impacto, com Jeb Bush a perder em temas importantes como no produto interno bruto, mas a conquistar os eleitores em "honestidade, empatia e temperamento para liderar uma crise internacional", escreve Peter A. Brown, um dos assistentes na sondagem.

Clinton parece conquistar a confiança dos americanos através da sua capacidade de liderança nos três Estados, onde ganha vantagem sobre Joe Biden nesta análise. O mesmo acontece com Donald Trump e Jeb Bush, sendo que o último é o que conquista melhores resultados, com cerca de 72% dos eleitores na Flórida a acreditarem na capacidade de liderança do irmão de George W. Bush, e também por isso filho do antigo presidente americano George H. W. Bush, conhecido por Bush-Pai.

No Estado da Flórida, Clinton continua a liderar os democratas, com 48% enquanto Trump conquista menos de metade dos votos, mas ainda assim na liderança do partido republicano. Já no cenário das eleições para a Casa Branca, o resultado é menos positivo para Clinton, que perde para Bush e Rubio, mas vence em Ohio e na Pensilvânia contra Trump.

Na Pensilvânia, Jeb Bush derrota Hillary Clinton por três pontos percentuais. A diferença desce para 1% se pelos democratas concorresse Joe Biden. O mesmo aconteceria com Marc Rubio, que vence Clinton por cinco pontos percentuais e vê a sua vantagem reduzida para três pontos percentuais a concorrer contra Biden. a concorrer contra Trump, a antiga secretária de Estado teria uma vantagem de cinco pontos percentuais. Biden conquistaria uma vantagem de oito pontos. Uma das explicações poderá estar no facto de cerca de 61% dos eleitores da Pensilvânia considerarem Biden um candidato de confiança e honesto.

Em Ohio, Bush derrotaria Clinton, mas perderia contra Biden. Clinton venceria Trump por cinco pontos percentuais. Uma vantagem que duplica com os resultados conquistados com Joe Biden a representar os democratas. Com Marc Rubio a corrida é também mais renhida com o vice-presidente.

Em suma, se Biden concorresse ganharia nos três Estados contra Donald Trump, conseguiria uma vantagem superior à que seria reunida por Hillary Clinton. Na Flórida, Biden conseguiria 45% dos votos, em Ohio e Pensilvânia 48%. Já Clinton ficaria pelos 43% e 45% em Ohio e na Pensilvânia, e perderia por dois pontos na Flórida, com 41%.

Num cenário com Donald Trump a concorrer como independente contra Jeb Bush (a dividir votos entre os republicanos) e Hillary Clinton, a candidata democrata venceria as eleições nos três Estados.