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Argentina diz #ChauDefault

Quase 15 anos depois, a Argentina começou esta sexta-feira a pagar aos credores que se recusaram a reestruturar a dívida do país. #ChauDefault [#AdeusIncumprimento] escreveu o ministro das Finanças Alfonso Prat-Gay no Twitter.

Bloomberg
22 de Abril de 2016 às 15:48
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A Argentina começou a pagar esta sexta-feira mais de 9 mil milhões de dólares aos credores que recusaram reestruturar a dívida do país depois de o incumprimento de 2001, que deixou a Argentina fora dos mercados internacionais por 15 anos, noticia a Reuters.

"Com esta assinatura, nós autorizamos o pagamento que marca amanhã [sexta-feira] o fim de quase 15 anos de incumprimento.#ChauDefault", escreveu o ministro das Finanças Alfonso Prat-Gay esta quinta-feira na rede social Twitter.


O pagamento a estes credores vai também permitir desbloquear os pagamentos da dívida reestruturada e que um tribunal norte-americano bloqueou para obrigar o país a negociar com os restantes credores, provocando um outro default em 2014, explica a agência.


A restituição do valor em dívida acontece depois de o Senado argentino ter dado luz verde ao pagamento a 31 de Março, uma vitória para o recém-eleito presidente Maurício Macri, focado em fazer o país regressar às lides dos mercados financeiros globais.

Antes mesmo dessa aprovação, Macri já estava a negociar com os fundos "abutre", tendo chegado em Fevereiro a um princípio de acordo.


Com o apoio do Senado, o presidente eleito em Novembro de 2015 começou a preparar a primeira emissão de dívida soberana após o default.

A Argentina regressou aos mercados a 18 de Abril, com o objectivo de angariar entre dez mil milhões e 15 mil milhões de dólares, sendo parte deste valor para ressarcir os credores que não aceitaram os termos da reestruturação da dívida argentina e exigiram o valor investido por via judicial.

Para emprestar a 10 anos, os investidores pediram aos país juros entre os 7,5% e 7,625%. A operação rendeu à Argentina 16,5 mil milhões de dólares, ecsreve a Reuters.

No poder há menos de seis meses, o presidente argentino tem o desafio de recuperar uma economia pressionada pelo baixo investimento, por uma elevada inflação e escassez de reservas.




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