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Argentina: Mauricio Macri toma posse e jura "trabalhar incansavelmente"

O político da direita moderada, Mauricio Macri, vencedor das eleições presidenciais de 22 de Novembro da Argentina, tomou posse esta tarde, tendo jurado no Congresso combater a pobreza, corrupção e o tráfico de droga.

Reuters
10 de Dezembro de 2015 às 16:24
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"Como presidente quero ser um cidadão que consegue comunicar com todos os argentinos", disse Mauricio Macri na sua tomada de posse esta quinta-feira, tendo-se comprometido a "trabalhar incansavelmente nos próximos quatro anos", cita a BBC.

Além do combate à pobreza, à corrupção e ao tráfico de droga, o recém-eleito presidente da Argentina comprometeu-se ainda a trabalhar para todos os argentinos e a procurar a estabilidade política.

Não deixou de dizer, todavia, que para si a política "não é uma competição para ver quem tem um ego maior. É para trabalhar em conjunto pelo bem das pessoas".

A tomada de posse aconteceu sem a presença da ex-presidente Cristina Kirchner, que quebrou o protocolo na sequência de desavenças sobre as celebrações de tomada de posse de Mauricio Macri.

Um novo tempo está a chegar, um tempo de diálogo, um tempo de trabalho de equipa.
Mauricio Macri
Presidente da Argentina

No discurso do recém-empossado presidente estiveram ainda presentes as relações com os Estados Unidos: "Temos de tirar a confrontação do centro da política. Com lutas ninguém vence, com diálogo, todos ganham. (…) Um novo tempo está a chegar, um tempo de diálogo, um tempo de trabalho de equipa", disse.

Entre os objectivos de Macri está o de chegar a acordo sobre uma acção judicial politicamente sensível submetida por credores norte-americanos que exigem o pagamento total da dívida da Argentina, que entrou em incumprimento ("default") em 2002.

A segunda parte da tomada de posse tem lugar no palácio presidencial Casa Rosada, onde Macri irá receber o bastão e a faixa, símbolos da presidência. Contrariamente ao que seria expectável será Federico Pinedo, líder provisório do Senado, e não Cristina Kirchner a fazer esta passagem de testemunho.

O escalar da contenda sobre a tomada de posse levou a que, após um pedido da equipa de Macri, o tribunal decretasse que o mandato de Kirchner terminava às 23:59 de quarta-feira, ficando a liderança do país a cargo de Federico Pinedo até à tomada de posse.

A vitória de Mauricio Macri nas presidenciais pôs um ponto final nos 12 anos de liderança dos Kirchner e colocou a direita moderada no poder da Argentina.

O político conservador propõe-se a introduzir mudanças significativas na economia do país, entre elas, o levantamento de controlos cambiais, o corte na inflação (neste momento, encontra-se em dois dígitos) e a promoção de um contacto mais próximo com os investidores internacionais. Contrariando a presidência anterior, e para cortar no défice orçamental, o candidato considerado pró-empresas quer colocar fim a subsídios na energia e nos transportes. Além disso, promete também aumentar as reservas em moedas estrangeiras.

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