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Argentina prestes a fechar disputa com fundos "abutre"

A Argentina e um grupo de fundos de cobertura de risco, como o Eliiott Management, alcançaram um princípio de acordo para resolver um diferendo com 15 anos.

Bloomberg
29 de Fevereiro de 2016 às 15:59
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A guerra em torno da dívida soberana da Argentina está prestes a chegar ao fim. O governo argentino e um grupo de credores entraram em acordo para resolver a disputa, com o país sul-americano a aceder ao pagamento de 4,65 mil milhões de dólares (4,3 mil milhões de euros) para resolver o caso.

Segundo um comunicado do mediador do tribunal para este caso, citado pela Bloomberg, a Argentina irá pagar um valor equivalente ao 75% do exigido por entidades como a Eliiott Management, a Aurelius Capital Management, a Davidson Kempner e a Bracebridge Capital. Estas entidades terão ainda um pagamento para cobrir as despesas jurídicas que tiveram na disputa com a Argentina.

Com a reestruturação da dívida argentina, alguns fundos especulativos compraram os títulos em incumprimento a preços muito baixos e exigiram o pagamento total do valor nominal dessas obrigações. Apesar de, segundo a Argentina, mais de 90% dos credores ter concordado com os termos de uma reestruturação, aqueles fundos não aceitaram essas propostas recorrendo aos tribunais norte-americanos para exigirem o pagamento total das obrigações.

A guerra atingiu o auge durante a presidência de Cristina Kirchner, com a Argentina a apelidar aquelas entidades de "abutres". As negociações chegaram mesmo a ser suspensas, após os fundos de cobertura de risco terem, através dos tribunais dos Estados Unidos, travado o reembolso de obrigações a investidores que tinham concordado com os termos da reestruturação da dívida argentina.

No entanto, após a tomada do novo presidente, Mauricio Macri, a Argentina retomou as negociações, tendo-se alcançado um acordo de princípio que ainda terá de ser aprovado pelo congresso argentino. O processo de aprovação poderá durar até seis semanas, mas nesse prazo, os fundos de cobertura de risco comprometeram-se a não interferir em eventuais operações de financiamento que a Argentina possa vir a fazer de forma a conseguir cumprir com o acordo alcançado.

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