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Diversificação da economia angolana é saída para superar queda nas receitas, diz ministro

A forma de superar a queda das receitas provenientes das exportações do petróleo é promover um crescimento inclusivo e a diversificação económica, defendeu o ministro angolano das Finanças, Armando Manuel.

16 de Abril de 2016 às 10:27
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"A forma de recuperarmos da redução dos dividendos gerados pela exportação do petróleo é ter um crescimento inclusivo e este crescimento inclusivo deve ser alcançado pela diversificação da economia", destacou o ministro das Finanças de Angola.

Armando Manuel falou durante um painel que reuniu ministros das Finanças da Bolívia, Ucrânia e Paquistão, para discutir ideias para superar da desaceleração económica, no Auditório Preston, na sede do Banco Mundial, em Washington.

É por essa razão, que "Angola se aproximou do FMI para diversificar a agenda do país e ajudar a construir um ciclo económico menos dependente dos preços do petróleo", argumentou.

Na opinião do ministro angolano, o actual "momento duro requer políticas muito consistentes" e destacou que os países africanos devem começar a pensar mais profundamente em diversificação de suas economias.

"Os preços das 'commodities' irão recuperar, mas não no mesmo patamar do passado. Então, como estabilizar o crescimento a médio prazo? Enfrentamos momentos de alto crescimento e, quando os preços caem, há uma profunda desaceleração, com fortes consequências", questionou o ministro.

Armando Manuel defendeu que é preciso assegurar que os investimentos fundamentais em infra-estrutura devem ser concluídos.

"Precisamos de fortes políticas fiscais e regulações para cobrir a lacuna de infra-estruturas", disse o ministro, acrescentando que estas "ajudam a diminuir as assimetrias entre as regiões".

O ministro angolano referiu-se ao programa de desenvolvimento nacional desenhado em 2012, em que um dos pilares era dotar o país de infra-estruturas para assegurar um crescimento económico.

"Iniciamos um programa extenso de reformas para melhorar infra-estruturas e para a boa regulação, fortalecendo o crescimento dos setores privados na economia. E estamos a implementar muito bem este programa", definiu.

No entanto, os recursos que alimentavam este programa eram provenientes da renda das exportações de petróleo.

O desafio, neste momento, afirmou Armando Manuel, é diminuir o défice energético, defendendo o papel de uma política fiscal bem conduzida.

"Angola foi um dos países exportadores de petróleo que conseguiu reagir muito rápido para ajustar seu orçamento. Fizemos uma ampla reforma no setor energético, conseguimos remover os subsídios do petróleo sem causar pressão social".

O governante destacou que não vê a crise como um problema, mas como "uma oportunidade para melhorar as metas fiscais" angolanas.

 

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