Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Comércio quer IRC com regime simplificado em 500 mil euros

Governo não diz sim nem não à proposta da CCP, porque reforma está ainda em fase de consulta.

Bruno Simão/Negócios
05 de Setembro de 2013 às 21:55
  • ...

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, propôs esta quinta-feira o alargamento do regime simplificado de facturação para efeitos de IRC a empresas com facturação até 500 mil euros, ao invés dos 150 mil euros sugeridos na proposta de reforma. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, diz que a proposta da CCP está a ser analisada em consulta pública.

"Gostaríamos que estes regimes simplificados de facturação aplicados a empresas com facturação até 150 mil euros fossem alargados" a empresas com facturações "até 500 mil euros", afirmou o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal à saída do Ministério das Finanças, onde se reuniu com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e o presidente da Comissão da Reforma do IRC, Lobo Xavier, para debater a reforma do imposto.

João Vieira Lopes considerou a reunião "positiva" e "importante esta alteração do sistema de IRC". Porém, acrescentou, a CCP apresentou ao Governo e à comissão de reforma várias sugestões.

"Pensamos que a baixa da taxa é importante; pensamos que o regime simplificado para as pequenas empresas é um passo importante, em termos de simplificação da carga burocrática e mesmo para efeitos da própria receita fiscal do Estado; pensamos que algumas medidas de simplificação burocrática são positivas e gostaríamos de vê-las mais desenvolvidas, (...) globalmente demos o nosso parecer positivo a todo este projecto de reforma, agora, o País necessita de uma baixa da carga fiscal em geral, nomeadamente do IRS e do próprio IVA, para permitir um incremento do consumo", afirmou.

Governo espera por relatório final

Relativamente à proposta de alargamento do regime simplificado de facturação para 500 mil euros, Paulo Núncio fez saber que a mesma está a ser analisada em consulta pública, pelo que o Governo esperará pela proposta final da comissão [de reforma do imposto] e depois tomará decisões.

Sem anunciar a inexequibilidade da proposta, António Lobo Xavier foi, ainda assim, um pouco mais longe em relação à viabilidade da sugestão deixada pela CCP. "Tem de ser olhada tendo em conta vários efeitos complicados que podem estar em cima da mesa. A prudência é um factor decisivo", disse o presidente da comissão de reforma do IRC.

Em particular, o que preocupa o presidente da comissão é que "não passem para o regime simplificado certas actividades económicas de alta rentabilidade, que vão beneficiar de um regime que foi pensado para empresas pequenas, designadamente aqueles que viriam do IRS".

Ver comentários
Saber mais reforma tributária IRC comércio
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio