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Lobo Xavier: “Sabemos o efeito da proposta no investimento, mas não no emprego ou no crescimento em geral”

O fiscalista que lidera a comissão de reforma do IRC admitiu que é impossível prever em absoluto os efeitos das suas propostas. Terá de haver opções orçamentais, disse, e essas estão na mão do Governo. Volta a apelar ao consenso e diz acreditar num entendimento com o PS.

28.º - António Lobo Xavier
Forte subida de um dos advogados mais influentes do país, que agora lidera também a reforma do IRC.
04 de Setembro de 2013 às 13:20
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Os modelos utilizados pela comissão de reforma do IRC, “os mesmos que são usados pelo FMI”, permitem avaliar o impacto de uma descida da taxa de imposto no investimento e que efeitos se verificarão na receita fiscal, “mas não temos condições” para prever os efeitos sobre o emprego, sobre os outros impostos, sobre o crescimento em geral”, disse esta quarta-feira Lobo Xavier, à entrada de uma reunião no Ministério das Finanças.

 

O fiscalista, que lidera a comissão de reforma do IRC, acrescentou que os números que lhes é possível ter são “animadores” e “financiam uma boa parte das propostas” de alteração, mas “resta saber o resto”.  

 

“As escolhas orçamentais são uma tarefa do Governo, a quem cabe as decisões definitivas”, afirmou.

 

A Comissão e o Governo iniciaram esta quarta-feira um conjunto de conversas com os parceiros sociais, para apresentar a proposta de reforma do IRC e ouvir críticas e sugestões. Os primeiros a ser ouvidos foram os representantes da CIP, liderada por António Saraiva.

 

“Entendimento com o PS é possível”

 

Lobo Xavier voltou a referir a importância de um acordo político para levar a reforma do IRC a bom porto. “Não fazia sentido, era até contraproducente, fazer uma reforma e ouvir os partidos da oposição, principalmente os que têm mais peso, dizer que se forem para o Governo rasgam isto tudo”. O fiscalista afirmou que há abertura para alterações à proposta que agora está sobre a mesa, afirmando que esta pode ser adaptada e que, no momento das negociações, deve ser vista como um todo. “A reforma não é a taxa, são 68 alterações, 16 revogações de artigos, 18 novos e várias sugestões”, disse, acrescentando que, por conversas informais que tem mantido com pessoas do PS acredita que “é possível haver um entendimento”, sendo que “isso terá de ser o Governo e os partidos a fazer”. 

 

Este tipo de reformas precisa “de um acordo e de um entendimento social e político” e “há já uma discussão muito viva, sobretudo nos jornais de economia”, concluiu.

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