Notícia
Moscovici vê "um bom sinal" na redução da previsão do défice italiano após 2019
O ministro das Finanças italiano, Giovanni Tria, afirmou que o défice público italiano começará a descer em 2020 depois do aumento contido em 2019. Moscovici vê "um bom sinal" nesta posição assumida por Itália.
03 de Outubro de 2018 às 16:55
O comissário europeu de Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, considerou esta quarta-feira, 3 de Outubro, "um bom sinal" a decisão do Governo italiano de rever em baixa a previsão do défice a partir de 2019.
"É um bom sinal que tenham corrigido a trajectória [do défice], porque demonstra que as autoridades italianas entendem as preocupações e os comentários dos seus parceiros e da Comissão Europeia", enalteceu o comissário francês, em declarações à imprensa, em Paris.
Questionado sobre se considera que essa inflexão é suficiente, Moscovici respondeu que é "um começo".
"Dialogaremos com o Governo italiano com base em números detalhados", insistiu, repetindo que a missão da Comissão Europeia é assegurar que as regras, "que não são estúpidas", sejam respeitadas "com um espírito de diálogo".
O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros vincou que é preciso evitar uma crise entre Roma e Bruxelas. "Não interessa a ninguém que haja uma crise entre a União Europeia e Itália", completou.
Moscovici reagia assim às declarações do ministro das Finanças italiano, Giovanni Tria, que afirmou hoje que o défice público italiano começará a descer em 2020 depois do aumento contido em 2019.
"A redução do défice ocorrerá depois de 2019", declarou Tria, que falava numa reunião pública da Confindusria, o patronato italiano.
Na quinta-feira, o Governo italiano tinha indicado que o défice seria de 2,4% do produto interno bruto (PIB) durante três anos, a partir de 2019.
Tria não confirmou o número de 2,4% para 2019, evocando uma situação de partida com um défice de 2% do PIB ao qual seria necessário juntar 0,2 pontos percentuais para financiar investimentos.
Esta redução do défice a partir de 2020 tinha sido antecipada por dois jornais italianos, o Corriere della Sera e o La Repubblica. Segundo estes dois jornais, o défice atingiria 2,2% em 2020 e 2% em 2021.
Contudo, Tria não especificou os números na intervenção que fez na Confindustria.
A Comissão Europeia, que deverá examinar este projecto a partir de 15 de Outubro, afirmou que os objectivos iniciais pareciam "fora do baralho".
Na terça-feira à noite, o chefe do Governo, Giuseppe Conte, já tinha tentado acalmar os mercados prometendo acelerar a redução da dívida pública do país, que actualmente é equivalente a 131% do PIB.
Conte deve encontrar-se hoje de novo com os chefes dos partidos que formam a coligação governamental, a Liga (extrema direita) e o Movimento Cindo Estrelas (M5S, anti-sistema).
As tensões com Bruxelas estão longe de estar apaziguadas, já que na terça-feira à noite o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini (Liga) atacou vivamente o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a quem acusou de desestabilizar Itália inquietando os investidores.
"É um bom sinal que tenham corrigido a trajectória [do défice], porque demonstra que as autoridades italianas entendem as preocupações e os comentários dos seus parceiros e da Comissão Europeia", enalteceu o comissário francês, em declarações à imprensa, em Paris.
"Dialogaremos com o Governo italiano com base em números detalhados", insistiu, repetindo que a missão da Comissão Europeia é assegurar que as regras, "que não são estúpidas", sejam respeitadas "com um espírito de diálogo".
O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros vincou que é preciso evitar uma crise entre Roma e Bruxelas. "Não interessa a ninguém que haja uma crise entre a União Europeia e Itália", completou.
Moscovici reagia assim às declarações do ministro das Finanças italiano, Giovanni Tria, que afirmou hoje que o défice público italiano começará a descer em 2020 depois do aumento contido em 2019.
"A redução do défice ocorrerá depois de 2019", declarou Tria, que falava numa reunião pública da Confindusria, o patronato italiano.
Na quinta-feira, o Governo italiano tinha indicado que o défice seria de 2,4% do produto interno bruto (PIB) durante três anos, a partir de 2019.
Tria não confirmou o número de 2,4% para 2019, evocando uma situação de partida com um défice de 2% do PIB ao qual seria necessário juntar 0,2 pontos percentuais para financiar investimentos.
Esta redução do défice a partir de 2020 tinha sido antecipada por dois jornais italianos, o Corriere della Sera e o La Repubblica. Segundo estes dois jornais, o défice atingiria 2,2% em 2020 e 2% em 2021.
Contudo, Tria não especificou os números na intervenção que fez na Confindustria.
A Comissão Europeia, que deverá examinar este projecto a partir de 15 de Outubro, afirmou que os objectivos iniciais pareciam "fora do baralho".
Na terça-feira à noite, o chefe do Governo, Giuseppe Conte, já tinha tentado acalmar os mercados prometendo acelerar a redução da dívida pública do país, que actualmente é equivalente a 131% do PIB.
Conte deve encontrar-se hoje de novo com os chefes dos partidos que formam a coligação governamental, a Liga (extrema direita) e o Movimento Cindo Estrelas (M5S, anti-sistema).
As tensões com Bruxelas estão longe de estar apaziguadas, já que na terça-feira à noite o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini (Liga) atacou vivamente o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a quem acusou de desestabilizar Itália inquietando os investidores.