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Tria confirma que défice "vai recuar gradualmente" a partir de 2020
O ministro da Economia e Finanças de Itália admitiu reduzir a meta para o défice a partir de 2020, uma possibilidade que já tinha sido avançada pela imprensa italiana. Contudo, Giovanni Tria não avança quais são as novas metas.
O ministro da Economia e Finanças de Itália, Giovanni Tria, admitiu reduzir a meta para o défice a partir de 2020. Esta possibilidade já tinha sido avançada pela imprensa italiana durante a manhã, marcando uma mudança de posição do Governo italiano, depois de Luigi Di Maio ter garantido na terça-feira que não iria ceder nem "um milímetro" às exigências de Bruxelas.
"O défice vai aumentar em 2019 em comparação com a previsão anterior, mas vai recuar gradualmente nos anos seguintes", disse Giovanni Tria, sem especificar as metas para o défice em 2020 e 2021.
O jornal italiano Corriere della Sera avançou esta quarta-feira, citando as conclusões de uma reunião do Conselho de Ministros, que o Governo italiano vai manter o plano de registar um défice de 2,4% no próximo ano. Porém, para os dois anos seguintes, o Executivo terá decidido reduzir a meta para 2,2% e 2%, respectivamente. O objectivo inicial era alcançar um défice de 2,4% nos três anos.
Esta cedência de Itália à Europa também foi avançada pelo jornal La Repubblica, um dia depois de o vice-primeiro-ministro ter dito que não iria ceder. Luigi Di Maio disse que era preciso manter esta meta para suportar a redução dos impostos, criar um salário mínimo para os mais pobres e reduzir a idade da reforma.
"Não vamos desistir da meta de 2,4%, isso tem de ficar claro… Não vamos recuar um milímetro", sublinhou di Maio na terça-feira, em entrevista à rádio RTL, acrescentando que os responsáveis europeus estão a tentar usar os mercados financeiros para enfraquecer o Executivo italiano. "Essas tentativas vão fracassar porque a coligação está totalmente unida", assegurou.