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Tria confirma que défice "vai recuar gradualmente" a partir de 2020

O ministro da Economia e Finanças de Itália admitiu reduzir a meta para o défice a partir de 2020, uma possibilidade que já tinha sido avançada pela imprensa italiana. Contudo, Giovanni Tria não avança quais são as novas metas.

EPA
03 de Outubro de 2018 às 12:56
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O ministro da Economia e Finanças de Itália, Giovanni Tria, admitiu reduzir a meta para o défice a partir de 2020. Esta possibilidade já tinha sido avançada pela imprensa italiana durante a manhã, marcando uma mudança de posição do Governo italiano, depois de Luigi Di Maio ter garantido na terça-feira que não iria ceder nem "um milímetro" às exigências de Bruxelas.

 

"O défice vai aumentar em 2019 em comparação com a previsão anterior, mas vai recuar gradualmente nos anos seguintes", disse Giovanni Tria, sem especificar as metas para o défice em 2020 e 2021.

 

O jornal italiano Corriere della Sera avançou esta quarta-feira, citando as conclusões de uma reunião do Conselho de Ministros, que o Governo italiano vai manter o plano de registar um défice de 2,4% no próximo ano. Porém, para os dois anos seguintes, o Executivo terá decidido reduzir a meta para 2,2% e 2%, respectivamente. O objectivo inicial era alcançar um défice de 2,4% nos três anos.

 

Esta cedência de Itália à Europa também foi avançada pelo jornal La Repubblica, um dia depois de o vice-primeiro-ministro ter dito que não iria ceder. Luigi Di Maio disse que era preciso manter esta meta para suportar a redução dos impostos, criar um salário mínimo para os mais pobres e reduzir a idade da reforma.  

 

"Não vamos desistir da meta de 2,4%, isso tem de ficar claro… Não vamos recuar um milímetro", sublinhou di Maio na terça-feira, em entrevista à rádio RTL, acrescentando que os responsáveis europeus estão a tentar usar os mercados financeiros para enfraquecer o Executivo italiano. "Essas tentativas vão fracassar porque a coligação está totalmente unida", assegurou.

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