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Afinal, Itália cede à Europa e reduz meta para o défice a partir de 2020

Depois de ter dito que não iria ceder nem "um milímetro" às exigências de Bruxelas para reduzir a meta do défice, Itália acabou mesmo por fazê-lo. De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, o Executivo manteve a meta para 2019, mas cortou-a para os dois anos seguintes.

Reuters
03 de Outubro de 2018 às 07:37
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O Governo italiano decidiu manter a meta para o défice em 2019 nos 2,4%, mas reduzi-la nos dois anos seguintes. Isto marca uma mudança de posição do Executivo italiano, depois de Luigi Di Maio ter garantido na terça-feira que não iria ceder nem "um milímetro" às exigências de Bruxelas relativamente ao Orçamento do país.

 

De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, citando as conclusões de uma reunião do Conselho de Ministros, o Governo italiano vai manter o plano de registar um défice de 2,4% no próximo ano. Para os dois anos seguintes, o executivo decidiu reduzir a meta para 2,2% e 2%, respectivamente. O objectivo inicial era alcançar um défice de 2,4% nos três anos.

 

Esta cedência de Itália à Europa também está a ser avançada pelo jornal La Repubblica, um dia depois de o vice-primeiro-ministro ter dito que não iria ceder. E que era preciso manter esta meta para suportar a redução dos impostos, criar um salário mínimo para os mais pobres e reduzir a idade da reforma.  

 

"Não vamos desistir da meta de 2,4%, isso tem de ficar claro… Não vamos recuar um milímetro", sublinhou di Maio na terça-feira, em entrevista à rádio RTL, acrescentando que os responsáveis europeus estão a tentar usar os mercados financeiros para enfraquecer o Executivo italiano. "Essas tentativas vão fracassar porque a coligação está totalmente unida", assegurou.

 

Este corte da meta do défice para 2020 e 2021 é também revelado no dia em os responsáveis do Governo deverão apresentar mais detalhes sobre o Orçamento, nomeadamente o plano para a despesa.

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