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Juncker: proposta de Orçamento italiana pode gerar “crise igual à grega”

Juncker mostra-se preocupado com os efeitos que o Orçamento a apresentar por Itália para 2019, por meio do qual o país se quer comprometer com um défice significativamente acima do esperado, possam ter na economia transalpina. Afirma que esta proposta ameaça a aliança europeia.

reuters
Negócios com Reuters 01 de Outubro de 2018 às 19:43

O líder da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, lançou esta segunda-feira vários alertas sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2019 avançada pelo Governo italiano.

"Não desejaria que, depois de sermos de facto capazes de lidar com a crise grega, acabássemos com a mesma crise em Itália. Uma crise destas já foi suficiente", avisou Juncker, num discurso que teve lugar na Alemanha.

"Itália está a distanciar-se das metas orçamentais que acordámos em conjunto a nível europeu", apontou o presidente da Comissão Europeia. "Se a Itália quiser um tratamento especial adicional, isso significará o fim do Euro. Por isso temos de ser muito rígidos", justificou.

O novo governo italiano de coligação, constituído por duas forças anti-sistema e eurocépticas (5 Estrelas e Liga), anunciaram na semana passada uma meta de 2,4% para o défice ao longo dos próximos três anos, quando o anterior governo italiano se tinha comprometido com oumdéfice de 0,8% do PIB em 2019.

Têm sido vários os representantes europeus a pronunciarem-se sobre esta questão ao longo desta segunda-feira. Pierre Moscovici considera esta proposta de défice um "desvio muito significativo face ao que ficou anteriormente acordado" e Mário Centeno, como presidente do Eurogrupo,  admitiu que "todos temos questões sobre o processo orçamental italiano" mas ressalvou que este não é um assunto que conste da agenda do órgão europeu que lidera.

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