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Atenas diz que Dijsselboem respondeu positivamente a carta de Varoufakis
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, respondeu de "forma positiva" à carta do ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, detalhando as primeiras reformas que Atenas tenciona fazer, indicou este sábado uma fonte governamental em Atenas.
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"Ontem à noite", o presidente do Eurogrupo, "respondeu de maneira positiva ao ministro grego" e "sublinhou a necessidade de continuarem as negociações no Euro Working Group (um grupo a nível de altos funcionários) e entre equipas técnicas, para que a decisão de 20 de Fevereiro possa ser aplicada", disse a fonte.
A 20 de Fevereiro, os parceiros europeus da Grécia comprometeram-se a prolongar a assistência ao Governo grego, com a condição de este apresentar um programa de reformas considerado credível.
Na sexta-feira, Varoufakis enviou a Dijsselbloem uma carta com detalhes das sete reformas que Atenas considera prioritárias, como a reactivação de um conselho fiscal "independente" para dar ajuda ao governo a cumprir os seus objectivos orçamentais, incentivos ao pagamento de impostos em atraso e até o recurso a "fiscais não profissionais", pessoas provenientes de todos os meios, como estudantes ou turistas, para missões pontuais de recolha de provas que denunciem a fuga aos impostos.
A carta foi enviada tendo em vista a reunião de segunda-feira dos ministros das Finanças da Zona Euro.
Em declarações à imprensa, à margem de um colóquio em Veneza, Varoufakis afirmou este sábado que a Grécia e os seus parceiros devem debater o processo relativo às reformas, à sua aplicação e avaliação, e acrescentou que o Eurogrupo já respondeu à carta e afirmou-se "optimista".
A aprovação definitiva das reformas até ao final de Abril é vital para que o novo Governo grego receba o que falta dos empréstimos concedidos pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.