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Grécia não quer referendar o euro, mas as reformas da União Europeia

Yanis Varoufakis, ministro das Finanças da Grécia, veio esclarecer as declarações feitas ao "Il Corriere della Sera", afirmando que não quer referendar a permanência do país no euro. O referendo, a acontecer, será sobre as reformas que lhe estão a ser exigidas.

Reuters
08 de Março de 2015 às 17:57
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Referendar a permanência no euro? Não, diz Yanis Varoufakis. Essa ideia, transmitida em declarações do ministro das Finanças da Grécia ao Il Corriere della Sera, este sábado, foi desmentida neste domingo, na véspera do Eurogrupo. O que Varoufakis disse foi que poderá,  se Bruxelas não aceitar o plano proposto pelo país, avançar com um referendo sobre as reformas exigidas pela União Europeia.

 

"Como já tinha dito o primeiro-ministro (grego, Alexis Tsipras), não estamos colados aos assentos. Podemos realizar de novo eleições. Podemos convocar um referendo [sobre o euro]", terá dito Varoukafis. Contudo, as declarações já foram desmentidas, com o ministro das Finanças grego a esclarecer que estava a referir-se a um eventual referendo sobre as reformas que os parceiros europeus exigem ao país.

 

Este diz que disse de Varoukafis surge na véspera de mais um Eurogrupo no qual serão debatidas as propostas que a Grécia pretende ver aprovadas de forma a conseguir obter mais um cheque. O ministro das Finanças diz que o que os gregos querem é que a UE e a Grécia alcancem um acordo que lhe permita "crescer e terminar com a crise humanitária" que sofre.

 

A Grécia apresentou sete medidas para serem debatidas pelos ministros das Finanças do euro esta segunda-feira, dia 9 de Março. Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo, já veio afirmar que estas reformas propostas pela Grécia "irão ajudar no processo de especificar o primeiro conjunto de medidas" necessárias.

 

"As propostas descritas na vossa carta necessitarão de ser alvo de discussão com as instituições", disse o presidente do Eurogrupo em resposta a Varoufakis, numa resposta obtida pela Reuters.

 

"Deixe-me também clarificar que no decurso da actual revisão, as instituições terão de ter uma visão mais alargada [das reformas] que abarque todas as áreas", acrescentou Dijsselbloem, que procura garantir que a substituição de reformas proposta pela Grécia terá o mesmo resultado em termos orçamentais face ao que tinha sido acordado com o anterior Executivo da Grécia.

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