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Saída da Grécia poderá acabar com Zona Euro, temem financeiros da City

Num fórum promovido pelo Financial Times que conta com alguns dos mais altos responsáveis financeiros da City londrina vários avisam: mercados não estão a ver bem os perigos de uma saída da Grécia da Zona Euro.

Reuters
Negócios 09 de Março de 2015 às 11:38
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A calma com que os mercados estão a avaliar os riscos económicos e políticos de uma saída da Grécia da Zona Euro é injustificada. Ao contrário do que parece estar implícito no comportamento da maioria dos investidores, uma saída de Atenas do grupo de capitais que partilham a moeda única europeia poderia ser caótica, colocando em risco a sobrevivência da Zona Euro e da própria União Europeia. Esta é a opinião de muitos dos participantes num fórum promovido pelo Financial Times que junta cerca de seis centenas de financeiros sedeados em Londres.

 

Segundo o jornal britânico, no último encontro online do FT City Network conclui-se que "a desintegração quer da Zona Euro quer da União Europeia são as principais ameaças" económicas e financeiras no momento lê-se numa peça publicada esta manhã, e a esse respeito a Grécia é o grande foco de preocupação.

 

"Nem a Zona Euro, nem talvez a própria União Europeia poderão sobreviver a uma corrida para a saída", afirmou Xavier Rolet, o CEO da bolsa de Londres. Tidjane Thiam, o responsável máximo pela seguradora Prudential, por seu lado, considera que "os mercados financeiros

Nem a Zona Euro, nem talvez a própria União Europeia poderão sobreviver a uma corrida para a saída.
 
Xavier Rolet
CEO da bolsa de Londres

parecem espantosamente relaxados sobre uma potencial saída da Grécia da Zona Euro; acreditam que não acontecerá, ou que não terá importância. Essa crença merece ser desafiada".

 

O presidente da Marks Spencer também está alarmado: uma saída da Grécia "aceleraria um desmantelamento da Zona Euro", avisou Robert Swannell, secundado por Roger Carr, presidente da BAE Systems: seria um sinal "para outros lhe seguirem o caminho em momentos de tensão".

 

Uma minoria dos participantes desvalorizou no entanto o impacto de uma saída da Grécia e diz que a Zona Euro deve ser ainda mais agressiva para com o novo governo grego. Um deles é Stephen Hester, o líder da seguradora RSA: "Se a Grécia não está preparada para se reformar o suficiente para ficar dentro [da Zona Euro], não penso que a União Europeia deva correr o risco político de ceder demasiado, uma vez que tal poderia travar as reformas noutros Estados-membros", defendeu.

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