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Schulz volta à carga e pede a Tsipras para "se comportar de forma adequada"

O presidente do Parlamento Europeu aconselhou o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras para "se comportar de forma adequada". O socialista alemão tentou ainda colocar alguma água na fervura entre a Grécia e Portugal e Espanha, defendendo que "Espanha e Portugal têm todo o interesse em que haja estabilidade na Grécia".

Reuters
06 de Março de 2015 às 16:44
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"Quando alguém chega ao governo, não pode deixar as suas convicções à porta, mas é importante que se comporte de forma adequada", disse esta sexta-feira o presidente do Parlamento Europeu (PE) Martin Schulz numa mensagem dirigida ao primeiro-ministro grego Alexis Tsipras.

 

Desde Madrid, o socialista alemão explicou que qualquer governante que "se dedique somente a impor a ideologia do seu partido, não está apto para exercer as suas funções", lembrando que na União Europeia (UE) "temos representantes de países, e não de partidos".

 

Citado pelo periódico espanhol El País, Schulz recorreu ao seu próprio exemplo para elucidar que "sou um político comprometido com a esquerda, mas tendo em conta que sou o representante de uma organização transnacional devo estabelecer a diferença do meu papel institucional".

 

Quando alguém chega ao governo, não pode deixar as suas convicções à porta, mas é importante que se comporte de forma adequada.
 
Martin Schulz
Presidente do Parlamento Europeu

Já em relação à polémica que divide Atenas, de um lado, e Madrid e Lisboa, do outro, o político alemão começou por frisar que "Espanha e Portugal têm todo o interesse em que haja estabilidade na Grécia". No fim-de-semana passado, Tsipras acusou os governos de Portugal e Espanha de formarem um "eixo contra Atenas" que tentou "derrubar o governo do Syriza" e colocar em causa o estabelecimento de um acordo entre o Eurogrupo e as autoridades helénicas.

 

Na opinião de Martin Schulz esse é um interesse comum "a todos" os Estados-membros da UE, porque "é importante que a Grécia siga em frente enquanto país". Nesse sentido, o líder do PE sustenta que "temos de trabalhar de acordo com um espírito de cooperação".

 

Também em Madrid, na quinta-feira Martin Schulz havia proferido afirmações polémicas ao considerar que "estamos a pedir sacrifícios aos cidadãos para aceitarem salários mais baixos, impostos mais altos e menos serviços", com o objectivo de "salvar os bancos".

 

"Se não mudarmos isso, se não voltarmos a um tratamento igualitário e justo, as promessas feitas pela Europa não serão cumpridas", sustentava Schulz.

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