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Martin Schulz considera que o Governo grego “ainda tem muito que discutir” internamente

O presidente do Parlamento Europeu referiu-se às mais recentes declarações dos governantes gregos realçando as diferenças programáticas entre os próprios membros do Executivo, o Syriza e os Gregos Independentes. Para Schulz, Alexis Tsipras não partilha da visão de muitos dos seus correligionários.

Reuters
12 de Fevereiro de 2015 às 17:56
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No entender do alemão Martin Shculz, presidente do Parlamento Europeu (PE), as diferenças verificadas nos discursos dos vários membros do Executivo helénico devem-se não apenas à própria diversidade ideológica do Syriza, mas também às diferenças programáticas da coligação de esquerda radical e dos Gregos Independentes.

 

Num momento em que decorre uma cimeira europeia que irá tratar temas que vão desde a crise na Ucrânia ao fenómeno do terrorismo, que ganhou espaço na agenda mediática depois do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, passando pela situação politico-financeira da Grécia, Schulz defendeu que o Executivo helénico tem ainda muito que discutir ao nível interno.

 

"Se comparar o programa do Syriza ao dos Gregos Independentes, [verifica-se] que o Governo [grego] ainda tem muito que discutir" internamente, argumentou Martin Schulz.

 

Perante declarações como a do ministro da Defesa e líder dos Gregos Independentes, Panos Kammenos, que assegurou que se Atenas não obtivesse apoio financeiro da Europa haveria sempre lugar a um plano B, dando como exemplo a possibilidade de recurso à ajuda de países como a Rússia, China ou Estados Unidos, o líder do PE mostrou dúvidas quanto à coesão do Governo grego face a esta ideia.

 

"Duvido que o primeiro-ministro [Alexis] Tsipras seja adepto de muitas coisas que o seu ministro da Defesa defendeu nos últimos dias", afirmou. Depois de garantir ter ouvido "com muita atenção" os discursos de Tsipras antes, e depois, das eleições gregas de 25 de Janeiro, Martin Schulz disse não ter a certeza "que o primeiro-ministro [grego] partilhe a visão de muitos dos seus deputados".

 

Sobre a possibilidade de uma visita de Alexis Tsipras ao PE, Schulz deixou a porta aberta. "Quem quiser vir ao PE será bem-vindo, portanto se Tsipras quiser vir, será bem recebido".

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