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Merkel disposta a compromissos sobre a Grécia desde que se cumpram regras
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou hoje que a Alemanha está sempre disposta a fazer compromissos, mas que a credibilidade da Europa depende do cumprimento das regras e da confiança entre os parceiros.
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"Vou dizer apenas que o êxito da Europa reside no compromisso. E chegamos a compromissos quando consideramos que as vantagens ultrapassam as desvantagens. A Alemanha está pronta para fazer compromissos, mas também devo dizer que a credibilidade da Europa depende naturalmente do respeito pelas regras que fixámos e da confiança mútua", disse à imprensa à chegada ao Conselho Europeu de Bruxelas.
A chanceler desvalorizou por outro lado a importância da questão grega na cimeira informal de líderes da União Europeia (UE), afirmando que a questão "vai ter um papel" na cimeira, mas "apenas à margem". O encontro de hoje está focado na crise na Ucrânia.
Declarando-se satisfeita por encontrar o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pela primeira vez, a chanceler disse que vai esperar pelas propostas de Atenas, as quais serão "discutidas no quadro dos ministros das Finanças (da zona euro), que se reúnem outra vez na segunda-feira".
Os ministros das Finanças dos 19 países que integram a zona euro concluíram hoje de madrugada uma reunião extraordinária sem conseguir progressos nas negociações sobre a assistência externa à Grécia ou sequer emitir um comunicado conjunto.
Juncker lamenta falta de progressos no Eurogrupo
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, manifestou-se hoje preocupado com a falta de progresso das negociações com a Grécia, na reunião extraordinária do Eurogrupo, na quarta-feira à noite.
"Estou muito preocupado com a situação, gostaria que tivessem sido dados mais passos ontem à noite", adiantou Juncker, à chegada à reunião informal do Conselho Europeu.
Lembrando que o tema da Grécia vai ser hoje abordado na reunião de chefes de Estado e de Governo da UE, o líder do executivo lamentou a falta de resultados da reunião extraordinária dos ministros das Finanças dos 19 países da zona euro.
"Nesta questão não se trata do novo Governo grego, mas sim do povo grego e é isso que temos que ter em conta", salientou.