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Tsipras avisa que "Grécia não consente" comunicado de Bruxelas sobre sanções à Rússia

O novo Governo grego, no dia em que tomou posse, já teve um confronto com Bruxelas e não se ficou a dever às contas públicas. O comunicado da Comissão Europeia a ameaçar com mais sanções à Rússia foi o motivo.

Alexis Tsipras foi o grande vencedor das eleições legislativas gregas
Reuters
28 de Janeiro de 2015 às 08:53
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O novo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, distanciou-se da ameaça feita pelos líderes da União Europeia (UE) de aumentar as sanções aplicadas à Federação Russa por causa da guerra na Ucrânia, argumentando que não foi consultado.

 

"A Grécia não consente" que o comunicado tenha sido divulgado sem o "procedimento correcto" de primeiro assegurar o acordo do Governo grego, refere um comunicado do Executivo de Alexis Tsipras.

 

Dois dias depois de ter vencido as eleições legislativas, Tsipras acusou os líderes da UE de não o terem consultado para a declaração conjunta de hoje, em que acusam a Federação Russa de "apoio crescente" aos separatistas do leste ucraniano.

 

Enfatizando "a responsabilidade russa" no conflito, que já dura há quase um ano, os líderes europeus anunciaram que os seus ministros dos Negócios Estrangeiros vão discutir mais punições a Moscovo durante uma reunião na quinta-feira.

 

O chefe do governo grego exprimiu a sua "insatisfação" num telefonema para a chefe da política externa europeia, Federica Mogherini, bem como junto da representação da UE em Atenas, acrescentou a declaração governamental.

 

Uma fonte da UE negou que Atenas não tenha sido consultada, adiantando à AFP que os procedimentos habituais "foram respeitados" e que em casos como este o silêncio de um caso - claramente o da Grécia - é tomado por concordância.

 

O aviso europeu à Federação Russa aconteceu na terça-feira, quando o novo governo grego tomou posse, um dia depois de Tsipras ter sido empossado no cargo de primeiro-ministro.

 

A sua posição no relacionamento dos europeus com os russos vai ser escrutinada de perto, uma vez que o Syriza tem sido visto como tendo posições pró-russas.

 

Na última primavera, no pico da crise na Ucrânia, que envenenou as relações entre Bruxelas e Moscovo, Tsipras viajou para Moscovo para se reunir com dirigentes do governo russo.

 

O embaixador russo em Atenas foi o primeiro a reunir-se com Tsipras, na segunda-feira, para o congratular pela sua vitória eleitoral.

 

 

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