Notícia
Governo de Tsipras vai congelar privatizações na energia e portos
O ministro da Energia do novo Governo grego anunciou esta manhã que o Executivo vai congelar a privatização da empresa de energia PPC e da Administração do Porto de Piraeus. Além disso, o salário mínimo deverá ser aumentado “iminentemente”.
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Panagiotis Lafazanis, ministro grego do Ambiente, Energia e Reconstrução Produtiva, poucas horas depois de ser empossado, já tomou medidas. O ministro do Governo de Tsipras anunciou, em declarações a uma televisão helénica citado pela agência ANA, que a privatização da Public Power Corporation (PPC), empresa de energia, e da Independent Power Transmission Operator, o operador da rede, iam parar de imediato.
"Vamos tentar reduzir as tarifas de electricidade e impulsionar a competitividade num esforço para ajudar as famílias gregas", afirmou, citado pela ANA. "A questão não é vender a PPC de forma a impulsionar as receitas orçamentais, porque os custos socias destas receitas são muito elevados", acrescentou a outro meio de comunicação da Grécia, citado pela mesma agência.
No ano passado, a Grécia aprovou a legislação necessária para que quase um terço da PPC fosse privatizada. Esta operação integrava-se num esforço do país para liberalizar o mercado energético grego. Uma condição exigida pela troika para que uma das tranches de financiamento fosse desbloqueada.
Por outro lado, e de acordo com o The Guardian que cita a Reuters, uma outra decisão deste Executivo foi parar a privatização de 67% da Autoridade Portuária de Piraeus, que gere o porto desta cidade localizada muito próximo da capital Atenas, algo que também foi acordado com os credores internacionais, no âmbito do programa de ajustamento.
Aumento do salário mínimo
O Governo deverá aumentar o salário mínimo "iminentemente". A garantia foi dada pelo ministro do Trabalho grego. Assim, o salário mínimo deverá passar dos actuais 586 euros para os 751 euros, valor atribuído antes do resgate à Grécia.
O novo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, distanciou-se da ameaça feita pelos líderes da União Europeia (UE) de aumentar as sanções aplicadas à Federação Russa por causa da guerra na Ucrânia, argumentando que não foi consultado.
"A Grécia não consente" que o comunicado tenha sido divulgado sem o "procedimento correcto" de primeiro assegurar o acordo do Governo grego, refere um comunicado do Executivo de Alexis Tsipras.