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Terrorismo: Ministro diz que Portugal não está "ao abrigo" da ameaça e pede "eficiência"

Azeredo Lopes, titular da pasta da Defesa, diz ter uma "noção humilde e serena da ameaça" e defende a troca de mais e melhor informação "sempre com respeito dos valores que temos por fundamentais na sociedade democrática".

Azeredo Lopes - Defesa Nacional: O portuense que lidera a pasta da Defesa não é recordado espontaneamente por quase ninguém (0,1%), apesar de se ter destacado já antes, entre 2006 e 2011, na presidência da Entidade Reguladora para a Comunicação Social e, desde a eleição de Rui Moreira, como chefe de gabinete do presidente da Câmara do Porto. É por uma décima que José Alberto Azeredo Lopes, professor de Direito Internacional da Universidade Católica, surge com mais avaliações positivas (0,4) do que negativas (0,3).
Marta Poppe
23 de Março de 2016 às 12:15
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O ministro português da Defesa afirmou esta quarta-feira, 23 de Março, que Portugal, tal como qualquer país europeu, não está ao abrigo de eventuais ameaças terroristas e disse que é preciso mais eficiência na troca de informação e apostar na prevenção.

"Não quero aqui de forma oportunista dizer que é um ataque contra Portugal mas chamo a atenção para a circunstância de, como qualquer país europeu, nós não estarmos ao abrigo, e espero que nunca aconteça, de que alguém possa vir a tentar fazer-nos o mesmo. E essa é uma noção humilde e serena da ameaça", afirmou.

O ministro falava aos jornalistas à margem de uma visita a sede da agência de compras da NATO, NSPA, em Capellen, Luxemburgo, onde hoje estão em exposição 64 empresas portuguesas ligadas à área da Defesa.

Questionado sobre o que podem os países da União Europeia fazer para impedir mais atentados terroristas como o que ocorreu na terça-feira em Bruxelas, Bélgica, Azeredo Lopes respondeu que não há muito mais a fazer a não ser reforçar e aumentar a eficiência do trabalho que tem sido feito na área da troca de informações.

"Não creio que haja aqui muito mais que se possa fazer. O objectivo é que nunca aconteçam atentados desta natureza. O que podemos fazer é reforçar, procurar fazer melhor, sermos mais eficientes, trocarmos e melhor informação, cruzarmos melhor informação, sempre com respeito dos valores que temos por fundamentais na sociedade democrática", disse.

Azeredo Lopes sublinhou que "muito mais do que a repressão", a aposta deve ser na "prevenção relativamente à possibilidade de estes acontecimentos se virem a produzir".

"Graças a deus, este tipo de ataques é algo ainda muito esporádico mas felizmente muitos mais foram evitados", acrescentou.

A cidade de Bruxelas, capital da Bélgica e sede da União Europeia e da NATO, foi abalada por dois atentados na terça-feira, com duas explosões no aeroporto de Zaventem e uma na estação de metropolitano de Maelbeek, que provocaram pelo menos 34 mortos e mais de 200 feridos.

Os atentados foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, também conhecido por Daesh, num comunicado em que ameaçou os países que combatem os 'jihadistas' com ataques "mais duros e mais amargos".

O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.
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