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Atentados em Bruxelas: Suspeitos queriam levar cinco malas para o aeroporto em vez de três

O taxista que transportou os presumíveis autores dos atentados de Bruxelas disse que os homens queriam viajar com cinco malas e que estranhou que não o tivessem deixado ajudar com a bagagem, segundo o diário Het Laatste Nieuws.

Reuters
23 de Março de 2016 às 01:02
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Os três homens suspeitos de perpetrarem os ataques no aeroporto belga de Zaventem tinham pedido uma viatura grande e ficaram aborrecidos quando chegou uma pequena, em que não cabiam cinco malas, segundo o relato do taxista que os levou, divulgado na terça-feira pelo diário Het Laatste Nieuws.

 

Esta informação legitima a consideração de que a intenção dos terroristas era colocar mais carga explosiva no aeroporto internacional de Bruxelas do que aquela que foram capazes de levar, acondicionada em três malas.

 

Depois do ataque, o taxista recordou-se dos três suspeitos e contactou a polícia, tendo sido ele, segundo aquele meio, que levou as forças de segurança à morada onde os tinha recolhido, no distrito de Schaerbeek.

 

Na busca feita numa casa em Schaerbeek, a polícia encontrou em engenho explosivo, produtos químicos e uma bandeira do grupo que se designa por Estado Islâmico.

 

As bombas dos atentados no aeroporto foram transportadas em três malas, colocadas em carrinhos de transporte de bagagem.

 

"Eles chegaram de táxi, com malas - as bombas estavam dentro das malas. Eles puseram as malas em carrinhos. As duas primeiras bombas explodiram", afirmou o autarca de Zaventem, Francis Vermeiren. "O terceiro [terrorista] também colocou a sua mala num carrinho, mas deve ter entrado em pânico, ela não explodiu", acrescentou.

 

A possível presença de três terroristas foi também referida pela procuradoria federal belga, que precisou que o terceiro, o único que terá sobrevivido, está a ser "activamente procurado".

 

Na imagem captada por uma câmara de vigilância do aeroporto vêem-se três homens, cada um dos quais a empurrar um carrinho de bagagem.

 

A imagem mostra dois dos homens, vestidos de negro, com uma única luva na mão esquerda, o que, segundo o jornal "La Libre Belgique" poderia ter servido para ocultar os detonadores de explosivos. O terceiro, vestido com um casaco branco e um gorro negro, está a ser "activamente procurado". Os dois primeiros são apontados pela imprensa belga como potencialmente suicidas.

 

As primeiras duas explosões ocorreram com um intervalo de vários segundos no aeroporto de Zaventem, próximo de Bruxelas, cerca das 07:00 locais (e de Lisboa) na zona de venda de bilhetes da Brussels Airlines e American Airlines. Aí morreram pelo menos 11 pessoas e outras 100 ficaram feridas. Na estação de metropolitano de Maalbeek, a apenas 200 metros da sede da Comissão Europeia, uma terceira explosão, ocorrida cerca das 08:10, provocou a morte a pelo menos 20 pessoas e ferimentos a outra centena. 

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