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55% do eleitorado britânico quer continuar na União Europeia

De acordo com o estudo do Pew Research Center, 55% do eleitorado do Reino Unido quer continuar na UE, o que representa um aumento de 5 pontos face a 2014 e um aumento de 9 pontos em relação a 2013. Este estudo mostra que 36% dos britânicos querem abandonar a UE.

Reuters
03 de Junho de 2015 às 12:43
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A maioria do povo britânico quer continuar na União Europeia (UE). Esta é a principal conclusão da sondagem feita pelo Pew Research Center, citada esta quarta-feira, 3 de Junho, pela agência Reuters, e que mostra que 55% do eleitorado britânico prefere manter-se na UE.

 

Comparativamente aos anteriores estudos deste centro de sondagens, verifica-se que tem crescido o número de britânicos que prefere a manutenção do Reino Unido na União Europeia. Assim, estes 55% representam uma subida de cinco pontos percentuais face aos 50% que queriam continuar na UE em 2014 e um crescimento de 9 pontos face a 2013.

 

Já o número de britânicos que preferem a saída britânica da UE ("Brexit") recuou para 36%. Em 2013, o número de britânicos que defendiam a saída era precisamente igual ao número dos que defendiam a permanência no espaço comunitário (46%).

 

A promessa do primeiro-ministro, David Cameron, reiterada depois das últimas eleições, que venceu por maioria, de promover um referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE o mais tardar até ao final de 2017, continua a marcar a agenda.

 

O último Conselho Europeu realizado em Riga, na Letónia, assinalou o início das negociações entre Cameron e os restantes líderes europeus, nomeadamente a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, sobre as concessões que a Europa poderá fazer para responder às solicitações de Londres de forma a assegurar a permanência britânica na comunidade europeia.

 

Contudo, Cameron já defendeu em diversas ocasiões a necessidade de rever os tratados europeus, com o Reino Unido a pretender reganhar autonomia em áreas como, por exemplo, a imigração. Cameron pretende limitar o acesso dos imigrantes comunitários ao Estado social britânico.

 

Mas as intenções de David Cameron poderão esbarrar nas intenções dos líderes alemães. Depois de Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças, já ter dito que não há qualquer hipótese de revisão dos tratados, desta vez foi o vice-chanceler e líder do SPD, Sigmar Gabriel, citado pela Reuters, a considerar que as intenções do primeiro-ministro inglês são mais adequadas aos interesses das empresas do que dos cidadãos europeus.

 

"A nossa ideia é precisamente o oposto da ideia de Cameron", disse Gabriel que considera que "Cameron quer reduzir a Europa a um mercado único". Para Sigmar Gabriel, o Executivo conservador britânico pretende um grau de integração para as empresas diferente daquele que quer para os cidadãos.

 

A pressão sobre David Cameron surge de todos os lados. Além dos líderes europeus e dos bancos e grandes empresas que já ameaçaram sair do Reino Unido caso este acabe mesmo por abandonar a UE, desta feita foi a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, a afiançar que isso poderia causar "uma onda de raiva" na Escócia.

 

Citada pela BBC, a também líder dos nacionalistas escoceses (SNP), que conseguiu quase todos os assentos parlamentares do círculo escocês nas últimas eleições britânicas, considera que se o referendo prometido por Cameron ditasse a saída da Escócia da UE, isso seria "um forte recuo" para o país. Sturgeon reavivou assim a ideia de a Escócia permanecer na UE mesmo que os restantes países do Reino Unido abandonassem o espaço comunitário.
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