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Rajoy diz que não houve referendo e promete normalidade democrática

O primeiro-ministro espanhol considera que "fracassou o processo" levado a cabo pelo governo da Catalunha com vista à realização de um referendo independentista. Mariano Rajoy promete encetar esforços para restabelecer a "normalidade democrática" na Catalunha.

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01 de Outubro de 2017 às 19:58
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Foi com um discurso de cerca de 20 minutos que Mariano Rajoy surgiu, na Moncloa (residência oficial do primeiro-ministro espanhol), reagiu aos múltiplos acontecimentos deste domingo, 1 de Outubro (1-O), na Catalunha. O chefe do governo de Espanha sustentou que fracassaram os intentos separatistas do governo autonómico da Catalunha (Generalitat) porque "a maioria dos catalães ignoraram a convocatória" referendária.

 

Em relação à actuação das forças de segurança (Polícia Nacional e Guardia Civil), que reagiram com violência contra a mobilização de catalães que ocuparam diversas assembleias de voto, havendo o registo de confrontos e mais de 400 feridos, Rajoy lembrou que "somos o governo de Espanha" e "cumprimos a nossa obrigação".

 

"Actuámos com a lei e só com a lei", atirou Mariano Rajoy que mostrou regozijo pelo facto de ter ficado demonstrado que "o nosso Estado democrático tem recursos para defender-se de um ataque tão sério como este referendo ilegal".

  

Rajoy insistiu na ilegalidade da consulta popular promovida pela Generalitat e garantiu que "teria sido mais fácil para todos olhar para o lado enquanto se perpetrava um ataque à legalidade".

 

No entender do presidente do PP, "fracassou o processo" separatista cujo objectivo era o de "provocar situações indesejadas". No entanto, diz Rajoy, no final do dia verifica-se que o processo da Generalitat "só serviu para causar um grande dano à convivência" entre os espanhóis.

 

Rajoy anunciou que esta segunda-feira irá ao parlamento espanhol para "debater o futuro" e revelou que "amanhã devemos começar o restabelecimento da normalidade democrática".  

 

No fundo, Rajoy insiste que não houve um referendo legal e procurou explicar que não devem ser procurados culpados para os acontecimentos de hoje que não nos dirigentes catalães a quem "pedimos muitas vezes que rectificassem e não nos escutaram".

 

"Esperemos que o façam agora", disse acrescentando que quer ver a Generalitat renunciar a "dar novos passos num caminho que não conduz a parte alguma".

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