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Juncker: "Não há maneira de cancelar a dívida grega"
O líder europeu diz que o "ponto de partida" para novas negociações são "as regras estabelecidas" anteriormente de "comum acordo". Sobre a chegada ao poder do Syriza, Juncker recusa entrar em euforias. "Dizer que um novo mundo nasceu depois da eleição de domingo não é verdade".
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Bruxelas voltou a avisar a Grécia que os demais países europeus não estão dispostos a perdoar dívida grega. Isto mesmo foi reforçado pelo presidente da Comissão Europeia esta quinta-feira, 29 de Janeiro.
"A questão de cancelar dívida não se coloca. Os outros países da Zona Euro não vão aceitá-lo", disse Jean-Claude Juncker, em entrevista ao Le Figaro.
O responsável sublinhou que Bruxelas respeita o "voto popular na Grécia", mas que a Grécia "também deve respeitar o dos outros, a opinião pública e os parlamentos do resto da Europa".
Depois da eleição do Governo de Alexis Tsipras, Juncker diz que o "ponto de partida" para novas negociações são "as regras estabelecidas" anteriormente de "comum acordo" entre Grécia e a Europa.
Juncker admite que os "arranjos são possíveis", mas que "não é possível alterar fundamentalmente" o que já está acordado.
Sobre a chegada ao poder do Syriza, Juncker recusa entrar em euforias. "Dizer que um novo mundo nasceu depois da eleição de domingo não é verdade".
O líder europeu diz que falou com Alexis Tsipras esta semana, após a sua eleição, e revelou o teor da conversa. "Ele disse que não se via como uma ameaça, mas como um desafio para a Europa. Ao que eu respondi que a Europa não é uma ameaça para a Grécia, mas um desafio". Para terminar, Juncker lembrou que "não se pode sair do euro sem sair da União Europeia" e desejou que a "Grécia seja um actor construtivo no euro e na União Europeia".