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Bolsa de Atenas regressa aos ganhos com bancos a subirem mais de 10%

Os bancos gregos perderam 40% do seu valor entre as eleições e a sessão de quarta-feira. As subidas acontecem depois da supervisora para a banca do euro vir a público declarar que os "bancos gregos são muito fortes". Ao mesmo tempo, o Morgan Stanley diz que vê potencial de longo prazo na banca helénica.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
29 de Janeiro de 2015 às 13:39
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Três sessões depois, a bolsa helénica regressa a terreno positivo na negociação desta quinta-feira, 29 de Janeiro. A praça de Atenas está a subir 3,70% neste momento e durante a negociação já superou os 4,50%.

 

A valorização está a ser sustentada pelas cotadas da banca. Alpha Bank (+18,45%), Eurobank (+13%), National Bank of Greece (+11,38%) e Piraeus (+5,22%).

 

Os bancos estão agora a recuperar, depois de terem perdido mais de 40% do seu valor em bolsa em três dias. Um total de 11 mil milhões de euros, entre Domingo, dia das eleições na Grécia, e a sessão anterior, quarta-feira. A bolsa de Atenas perdeu 21,20% do seu valor durante este período.

 

As subidas desta quinta-feira acontecem no dia em que o supervisor da banca europeia veio a público assegurar que as instituições gregas são sólidas. "Os bancos gregos estão a enfrentar uma situação difícil agora devido às eleições, mas eles são muito fortes", disse a presidente do Mecanismo Único de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE) em entrevista à Bloomberg.

 

"Muito bom trabalho foi feito nos últimos anos para reforçar a folha de balanço. Eles vão superar esta crise como já superaram as anteriores", defendeu Daniele Nouy.

 

As subidas acontecem depois do Morgan Stanley dizer hoje que vê potencial de longo prazo na banca helénica. "Reiteramos o valor de longo prazo que vemos nas acções da banca grega", declara o banco norte-americano numa nota citada pela Reuters.

 

A incerteza em relação ao futuro da Grécia provocou uma corrida aos depósitos na banca. Desde o início de Janeiro que os bancos gregos perderam 11 mil milhões de euros, avança a Bloomberg. As instituições registaram entre Novembro e Dezembro uma redução de 4,2 mil milhões de euros nos depósitos, a maior queda registada desde Junho de 2012, segundo dados do banco central da Grécia.

 

A queda acentuada da banca grega na quarta-feira aconteceu no dia em que vários responsáveis de Governo anunciaram algumas das suas medidas, incluindo a suspensão dos processos de privatização da companhia eléctrica PPC e do porto de Piraeus, o maior do país.

 

As várias declarações de ministros sobre as suas propostas foram sucedendo ao longo do dia, enquanto os mercados negoceavam no vermelho.

 

No final do dia, o vice-primeiro-ministro, Yannis Dragasakis, apontou a inexperiência executiva dos novos membros do Governo e assegurou que Atenas vai ter em conta os investidores privados quando adoptar medidas. "O Governo grego está interessado em atrair investidores".

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