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Líder do SPD alemão avisa: "Governo grego não pode exportar factura para os outros países"

Sigmar Gabriel, líder do SPD e ministro da Economia no governo de coligação da Alemanha, diz que "é claro que devemos procurar manter a Grécia na Zona Euro. Mas também é claro que temos de ser justos com a nossa própria população e com a de outros Estados da Zona Euro".

Negócios 28 de Janeiro de 2015 às 19:53
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"Se o Governo grego quer desviar-se de algumas das medidas acordadas, tem de assumir esse custo em vez de o querer exportar para outros países europeus, através de um ‘hair-cut’ ou de outras ideias". A advertência foi deixada por Sigmar Gabriel, líder do SPD e ministro da Economia no Governo de coligação da Alemanha chefiado pela chanceler Angela Merkel (CDU).

"O Governo grego não pode atirar para os contribuintes e para os trabalhadores dos países vizinhos responsabilidades que não quer assumir", disse citado pela Reuters. 

 

Questionado sobre a possibilidade de um "Grexit ', Gabriel disse que a saída da Grécia do euro seria a "solução errada", que a Alemanha deseja que o país se mantenha no euro por razões "políticas, económicas e culturais", mas que, em última instância, essa é uma decisão de Atenas.

 

"É claro que devemos procurar manter a Grécia na Zona Euro. Mas também é claro que temos de ser justos com a nossa própria população e com a de outros Estados da Zona Euro", disse.

 

Gabriel disse ainda que não há mais um risco de contágio à Zona Euro como há dois anos, devido às medidas tomadas, designadamente na construção da união bancária e devido às reformas empreendidas em países como em Espanha em Portugal.


Gabriel pediu ao governo grego para consultar os seus parceiros antes de tomar decisões que invertam o que está previsto no programa de ajustamento a troco do resgate, como a venda de uma participação maioritária no porto de Pireu, que foi agora suspensa.


O novo governo de Atenas, que junta a coligação de esquerda radical Syriza com o Anel, da direita nacionalista, anunciou nesta quarta-feira que quer uma redução da dívida, depois de ter travado duas privatizações em curso, começado a readmitir funcionários despedidos e anunciado que o aumento do salário mínimo para 751 euros é "iminente".

 

Os mercados viveram mais um dia negro e, ao fim do dia, a S&P avisou que poderá cortar o "rating". A  agência de notação tinha subido o "rating" em Setembro de B- para B, com perspectiva "estável", tendo essa perspectiva sido agora invertida para "negativa", o que sugere uma nova descida do "rating".

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