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Agência europeia cria "task force" para apoiar vacina contra o zika

O grupo foi constituído no seguimento da declaração de emergência da Organização Mundial de Saúde e junta especialistas na área das vacinas e das doenças infecciosas.

Bloomberg
08 de Fevereiro de 2016 às 12:38
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A Agência Europeia do Medicamento (AEM) anunciou esta segunda-feira, 8 de Fevereiro, que criou uma equipa de resposta rápida ("task force") para apoiar a instituição no desenvolvimento de uma vacina para combate ao vírus zika.

O grupo é formado por peritos europeus com conhecimento especializado em vacinas e doenças infecciosas e a sua constituição deu-se depois de a Organização Mundial de Saúde ter declarado, a 1 de Fevereiro, a transmissão do vírus como uma situação de emergência pública internacional.


"A agência encoraja as entidades que desenvolvem medicamentos a contactá-la caso tenham alguns projectos promissores nesta área. A AEM vai também contactar proactivamente as empresas que já estejam a investigar para o desenvolvimento de vacinas e oferecer aconselhamento científico e regulatório", refere uma nota da agência citada pela Reuters.


Empresas do sector farmacêutico como a francesa Sanofi, GlaxoSmithKline, a japonesa Takeda, Pfizer, Johnson&Johnsons ou a Merck já anunciaram que estão a avaliar de que forma a tecnologia empregue nas vacinas que já desenvolveram pode ser utilizada para combater o zika.


O vírus zika é transmissível por picadas de mosquitos (os mesmos que transportam os vírus que provocam a malária, a dengue e a febre amarela), por transfusão de sangue e por contacto sexual, tendo sido encontrado em saliva e urina e é apontado como estando possivelmente na origem de um surto de casos de microcefalia em recém-nascidos no Brasil.

Em Portugal estão registados seis casos de infecção pelo zika, "todos importados da América do Sul" e "nenhum deles (…) em grávidas". Existem casos declarados de doentes com o vírus em cerca de 30 países e a ONU estima que o contágio possa estender-se a quatro milhões de pacientes no continente americano. No Brasil, cerca de 1,5 milhões de pessoas terão sido infectadas e foi encontrado rasto genético do vírus em 17 recém-nascidos com microcefalia.


As Nações Unidas sugeriram na semana passada o recurso à contracepção ou mesmo à interrupção da gravidez para conter o número de nascimentos de crianças com deformidades.

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