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Epidemia do vírus zika pode piorar antes de melhorar, alerta OMS
A epidemia do vírus zika, que se está a propagar na América Latina, "pode piorar antes de melhorar", alertou na quarta-feira, no Rio de Janeiro, a directora-geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan.
O vírus zika, fortemente suspeito de provocar malformações congénitas irreversíveis nos recém-nascidos representa "um enorme desafio ", declarou Margaret Chan, directora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), no final da sua deslocação ao Brasil, epicentro da epidemia.
"Estamos a trabalhar com um vírus complicado, cheio de incertezas, pelo que devemos estar preparados para surpresas", acrescentou Chan. A responsável destacou que este vírus transmitido pela picadela de mosquitos, designadamente o 'Aedes aegypti', permanece "misterioso".
No início de Fevereiro, a OMS elevou esta epidemia ao estatuto de "urgência de saúde pública de dimensão internacional".
Os cientistas vão saber dentro de algumas semanas se o vírus zika é uma causa da microcefalia e da síndrome Guillain-Barré, que designa uma doença neurológica, que provocar uma paralisia irreversível ou a morte. Mas os ensaios clínicos em grande escala de vacinas só devem começar dentro de 18 meses, na melhor das hipóteses, preveniu recentemente a organização.
Quase 70 anos depois da descoberta do vírus zika num macaco no Uganda, ainda não existe vacina, nem tratamento específico ou teste de diagnóstico rápido.