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Comité Olímpico de Portugal envia recomendação a atletas para evitar zika

As autoridades brasileiras garantem que o surto estará controlado até ao início do evento. À cautela, o comité australiano oficializou um patrocínio com uma marca de insecticidas para fornecer repelente.

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03 de Fevereiro de 2016 às 19:36
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O Comité Olímpico de Portugal (COP) já distribuiu às federações e atletas recomendações para evitarem o vírus zika, que está a contaminar milhares de pessoas no Brasil, onde, de 5 a 21 de Agosto, decorrerão os Jogos Olímpicos.

Numa circular interna tornada pública esta quarta-feira, 3 de Fevereiro, a comissão médica do COP reitera as normas já estipuladas internacionalmente – pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Comité Olímpico Internacional e Ministério brasileiro da Saúde – de combate à contaminação.

Nesse sentido, alerta para uso de roupa que cubra o máximo de pele e de repelente. E lembra que o mosquito responsável pela transmissão está mais activo a meio da manhã e ao final do dia.

"As mulheres em idade procriativa devem decidir, de acordo com as suas prioridades, viajar ou não para um país onde existe o perigo de contraírem uma virose que pode afectar a gestação", continua a circular.

Contactada pelo Negócios, fonte oficial do COP assegurou que até agora nenhum atleta manifestou vontade de não participar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por receio do vírus. E que a comitiva não integra grávidas, o grupo de maior risco, face à crescente suspeita de que o zika pode levar à microcefalia e malformações neurológicas nos bebés.

Para já estão apurados 52 atletas lusos, em oito modalidades, mas o objectivo é superar o número de 76 representantes que Portugal levou aos Jogos de Londres, em 2012.

Também esta quarta-feira o presidente do COP, José Manuel Constantino esteve na Assembleia da República - numa reunião na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto sobre a presença dos atletas portugueses nos jogos Rio2016 -, onde voltou a referir que a actuação do Comité "está em linha com as recomendações da Organização Mundial de Saúde".

Reforçando a preocupação manifestada ontem pelo chefe de missão de Portugal nos Jogos, José Garcia, revelou ainda estar "expectante em relação a novidades que possam surgir".

As autoridades brasileiras têm-se desdobrado em declarações, garantindo que até Agosto o surto estará controlado. Além das fumigações diárias para eliminar focos de infecção, a expectativa é que a chegada do Inverno no Brasil contribua para diminuir o número de mosquitos.

Marca de insecticida ‘aproveita’ surto de vírus

Com os comités olímpicos de vários países a prepararem-se para enfrentar o risco, já há empresas a tirar partido da proliferação do zika. Na Austrália, um pequeno fabricante local de insecticidas tornou-se oficialmente o patrocinador de repelente da equipa olímpica australiana, que inclui 450 atletas e outros 330 profissionais.

Segundo a Reuters, a empresa em causa, a Juno Laboratories, planeia distribuir mil tubos do seu repelente em gel aos australianos que participem no evento desportivo.

"Temos estado em conversações com os membros das nossas equipas sobre as questões de saúde nos últimos dois anos. A questão do zika é nova, mas as doenças relacionadas com picadas de mosquitos [como o dengue, febre amarela ou chikungunya] não são, e estamos preparados para isso", justificou o médico do comité olímpico australiano, David Hughes, à Reuters.

Em consequência, os contactos com a Juno já decorriam há vários meses, mesmo antes de surgir a epidemia de zika, que já afectou pelo menos 25 países das Américas e pode contaminar quatro milhões de pessoas, segundo a OMS.

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