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Em 2005, Leiria vendia ao estrangeiro 211 milhões de euros e comprava 415 milhões. Oito anos depois, em que ponto estava o concelho? Exportou 475 milhões de euros e importou 470 milhões. Um ligeiro excedente de cinco milhões de euros. Esta evolução significa que as saídas de bens avançaram 125% entre 2005 e 2013, numa tendência quase sempre positiva, com a excepção de 2009 (a seguir à explosão da crise financeira de 2008).
Esta transformação difere do resto do país, uma vez que tanto as importações como as exportações do concelho cresceram, embora as segundas tenham avançado mais rapidamente. Em Portugal, em todo o seu conjunto, as exportações também avançaram (a um ritmo mais lento), mas as importações caíram.
O crescimento rápido das exportações leirienses foi o que permitiu atingir em 2013 o primeiro excedente pelo menos desde 2005.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as principais exportações de Leiria são máquinas, aparelhos e material eléctrico, que representam um quarto das vendas do concelho, seguidas pelo plástico e os metais comuns. No que diz respeito a importações, os plásticos lideram as compras de bens ao exterior, à frente das máquinas, aparelhos e material eléctrico e dos produtos de indústrias químicas.
Os dados da Informa DB permitem concluir, por outro lado, que o maior exportador de Leiria é a Respol, com 47 milhões de euros em 2013. Em segundo lugar está a Roca, com 29 milhões e, em terceiro, a MD Moldes (25 milhões).
No entanto, estas não são as maiores empresas do concelho. Essa distinção pertence ao Grupo Lena que, apesar da contracção dos últimos anos, tem ainda um volume de negócios de 189 milhões de euros, empregando 1.137 pessoas. A seguir à construtora, a Racentro (indústria transformadora) é o maior grupo de Leiria, com um volume de negócios de 122 milhões de euros.
FORÇAS
Acessibilidades Leiria esté muito bem servida de auto-estradas.
Localização A curta distância de Lisboa e do Porto é uma das vantagens. O facto de estar numa posição central facilita a distribuição de Norte a Sul.
Diversidade A região de Leiria conta com um grande tecido empresarial, presente em vários sectores.
FRAQUEZAS
Ordenamento Em 2009, segundo a autarquia, mais de metade das empresas estava ilegal. Agora serão 30%.
Não há parque industrial Há um projecto antigo que não avançou.
Energia Os chamados micro-cortes consistem em interrupções no fornecimento de energia por fracções de
segundo, que afectam a indústria.
AMEAÇAS
Crise no imobiliário Algumas das grandes empresas dependem, directa ou indirectamente, do sector da
construção, que está em retracção em Portugal e em Espanha.
Ferrovia Os leirienses apontam
defeitos à linha do Oeste, que gostavam que fosse modernizada, até para o transporte de mercadorias.
OPORTUNIDADES
Fundos comunitários Há empresas que procuram Leira por pertencer à região Centro, onde é mais fácil obter fundos comunitários.
Exportação Há sectores que estão em grande dinamismo. O dos moldes é referido como exemplo por várias pessoas contactadas.