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Conselhos para investir no Japão

Há que dar o lado pessoal ao negócio quando se trata de lidar com parceiros japoneses. Só o tempo investido poderá representar um retorno neste país. Não procure improvisar... a não ser no karaoke.

18 de Março de 2015 às 00:01
28º Japão
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1. Tal como numa relação de amizade, a confiança só se constrói com o passar do tempo. Ao investir no Japão, saiba que este é um mercado de longo prazo. Seja, por isso, paciente e persistente. Não dê passos em falso: uma vez perdida a confiança, dificilmente é recuperada. Planeie todos os seus passos com antecedência, marcando reuniões entre 4 e 6 semanas antes. O processo de decisão nos negócios é demorado, uma vez que os parceiros japoneses tendem a privilegiar a recolha, análise e gestão da informação. Já que apenas 2% fala inglês, pondere a contratação de um intérprete.

 

2. Esteja ciente de que a concorrência é agressiva, como reflexo da abertura japonesa a produtos estrangeiros. Os consumidores apreciam o "design" e gostam de estar informados sobre as suas compras. Daí que seja essencial responder e esclarecer todas as dúvidas. Quando decidir explorar este mercado, não se esqueça do cartão-de-visita.

 

3. Se a aposta no Japão não pode ser feita à base de improviso, a excepção abre-se para os momentos de karaoke. Os nipónicos apreciam o lado social dos negócios, sempre salvaguardando o respeito pelas hierarquias. Neste país, não só o que está escrito conta: a palavra e o compromisso oral valem muito. Evite, a todo o custo, confrontos e conflitos.

 

4. A imagem de Portugal no Japão é insuficiente. É necessário apostar na divulgação dos produtos nacionais em feiras do sector, tendo claro que os custos de participação nestes certames tendem a ser elevados. Também os espaços comerciais do Japão estão entre os mais caros do mundo. No outro lado da moeda, a certeza é a de um quadro jurídico relativamente seguro no acto da instalação da empresa.

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