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Incubadora Dom Dinis: "30% vão explorar o projecto connosco"

A incubadora de Leiria recebe anualmente cerca de 80 novos projectos.

18 de Março de 2015 às 00:01
Pedro Elias
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Com 35 empresas incubadas, a Incubadora Dom Dinis (IDD) continua a ajudar jovens empreendedores a darem vida aos seus projectos, em Leiria. Segundo Isabel Marto, directora da IDD, nem todos criam empresas, mas cerca de 30% exploram o projecto com a incubadora. 

 

Qual é o papel da incubadora no apoio a empreendedores que estão a desenvolver um novo projecto?
Há dois grandes tipos de apoio. O primeiro é aceder a uma rede de contactos e de pessoas que se disponibilizam para apoiar quem tem novas ideias. E pretende-se que essa rede acelere o processo de criação e entrada no mercado das novas ideias. Temos um papel de facilitador. O segundo grande grupo de serviços tem a ver com colmatar lacunas do empreendedor. Tentamos facultar-lhe modelos, formá-lo, ajudá-lo a fazer e a criar a sua ideia de negócio.

 

Só depois do trabalho de validação
no terreno é que construímos uma estratégia e o plano
de negócios. 
Isabel Marto
Directora Executiva da Incubadora Dom Dinis

Qual é a importância dessa rede de contactos?
A rede de contactos é importante nessa primeira fase. No meio disto surgem necessidades de financiamento e ajudamos a encontrar possíveis fontes de financiamento. Ajudamos a preparar candidaturas, apresentações junto de investidores. Pode parecer simples preparar uma apresentação, mas é preciso criar um impacto em poucos minutos junto de um possível financiador.

 

O que é que envolve esse trabalho de bastidores?
Quando as pessoas olham para uma incubadora focam-se nas empresas já criadas. Mas há todo um trabalho antes da criação da empresa, que tema ver com acolher qualquer empreendedor que tem uma ideia, ajudá-lo a definir melhor a sua proposta de valor, a testar o seu conceito no mercado, a arranjar projecto-piloto, contactar com potenciais parceiros de mercado que podem contribuir para ele afinar/ajustar a sua ideia de negócio, encontrar os parceiros certos, por exemplo, para desenvolver protótipos. Só depois deste trabalho de validação no terreno é que construímos uma estratégia e o plano de negócios.

 

Mas além dos projectos em criação, também recebem empresas já no mercado?
Sim. Sempre que há uma nova unidade de negócio ou um novo projecto de inovação. Por isso é que temos aqui algumas empresas maduras, mas o que fazem connosco é trabalhar este novo projecto, que acaba por precisar de incubação e dos mesmos recursos de quem cria uma empresa pela primeira vez. Tentamos promover a inovação.

 

Tem de ser sempre uma ideia nova?
Algo novo para a empresa, ou para a região. Para que a região tenha mais dinamismo. Uma empresa que tenta ser inovadora por definição vai entrar em campos desconhecidos. Vai definir novos projectos, novos mercados, e portanto vai precisar de parceiros e alguma orientação.

 

Quantos projectos chegam à incubadora?
Em média, vêm bater-me à porta por ano cerca de 80 novas ideias empreendedoras.

 

E quantos desses é que se materializam?
Todos saem daqui com um plano de acção. Cerca de 30% acabam por continuar a trabalhar connosco durante algum tempo. Nem todos criam uma empresa, mas cerca de 30% têm este trabalho de exploração connosco.

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