Outros sites Medialivre
Notícia

Presidente da Câmara de Leiria: Houve "excesso de investimento"

Em 2009, mais de metade das empresas de Leiria estavam ilegais. O presidente da câmara municipal, Raul Castro, quer regularizar a maioria, em nome do emprego.

  • Partilhar artigo
  • ...

Dizem-me que há muitas indústrias que estão ou estiveram a laborar sem licença.

As empresas estão a funcionar em pleno, só que não estão legalizadas porque se calhar a localização não permitia. 

 

E isso que implicações tem?
Para as empresas, o facto de não se poderem candidatar a fundos comunitários. Do ponto de vista de ordenamento do território, é preciso criar condições para alguma harmonia. Poderá dar-se o facto de uma parte não ter pago licença, mas a câmara tem recuperado. E não podemos esquecer a manutenção dos postos de trabalho. Com uma crise social como a que está instalada, se não somos flexíveis até determinado limite, vamos agravá-la.

 

Tínhamos em 2009 mais de 60% de empresas ilegais. 
Raul Castro, Presidente da Câmara Municipal de Leiria

Quantas estão ilegais?
Tínhamos em 2009 mais de 60% das empresas ilegais. Esperamos que o novo PDM de Leiria, que está há 17 anos em revisão, chegue em Junho. Isso vai permitir legalizar quase a totalidade. [Neste momento] talvez 30% estejam em situação ilegal.

 

Mas não corre o risco de estar a dar o incentivo errado, uma espécie de perdão?
O problema não é de perdão. O problema é saber o seguinte: prejudicam alguém?

 

O que é que há de específico em Leiria para que esse fenómeno tenha sido tão expressivo?
Excesso de investimento.

 

Ou permissividade?
Não diria isso. O importante era ter cá as empresas para garantir postos de trabalho.

 

Diz que o estádio custa 16.750 euros por dia em juros e amortização de capital. Se não fosse o estádio a dívida da autarquia que refere – 110 milhões em 2009 e 54 milhões agora – seria inferior?
Quase nula.

 

Tentou vender o estádio e não conseguiu. O que faz com ele?
O Estádio está a ser utilizado pelo clube de Leiria. Temos salas alugadas ao IEFP para formação. Temos uma escola de dança a pagar renda. Dentro do que é possível vamos fazendo coisas.

Mais notícias